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Médicos. Sindicatos apresentam proposta de soluções conjuntas ao ministro da Saúde

“Num momento histórico de grande união dos médicos, juntos na luta por um acordo”, a FNAM e o SIM reúnem esta quinta-feira à tarde e amanhã apresentam uma proposta conjunta a Manuel Pizarro. Ambos os sindicatos dizem-se disponíveis para assinar um acordo com o Governo, em que algumas medidas podem vir a ser faseadas.
26 Outubro 2023, 10h07

Jorge Roque da Cunha e Joana Bordalo e Sá apresentam esta sexta-feira, 27 de outubro, uma proposta de soluções conjuntas, ao ministro da Saúde, na que consideram ser “a derradeira hipótese de salvar a carreira médica e o Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.

Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e Federação Nacional dos Médicos (FNAM)  reúnem esta tarde numa cimeira que visa afinar os pontos comuns das suas reivindicações, num  “momento histórico de grande união dos médicos, juntos na luta por um acordo”.

Em comunicado enviado às redações, Joana Bordalo e Sá acusa Manuel Pizarro de pretender aplicar a desregulamentação total do trabalho médico levando os médicos à exaustão. “O Governo pretende, apenas, poupar, obrigando o mesmo número de médicos a atender muitos mais doentes, reduzindo a qualidade e a segurança do ato médico, destruindo a vida familiar dos médicos e o direito ao descanso consagrado na Lei”.

E adianta que a FNAM está disponível para assinar um acordo com o Governo, em que “algumas medidas podem vir a ser faseadas, mas com garantias de que a carreira médica e o SNS têm o futuro salvaguardado com a dignidade que merecem”.

“Das soluções defendidas pela FNAM desde há longa data, apenas uma é relativa às tabelas salariais”, afirma, salientando que todos os outros visam “melhorar as condições de trabalho, da formação e assim da universalidade, acessibilidade e qualidade SNS”, salienta a Federação.

O que está em cima da mesa? Eis as cinco principais reivindicações da FNAM

  • Equidade na recuperação salarial com uma atualização de 30% no salário base de todos os médicos, para que se reponha o nível de poder de compra anterior à intervenção da Troika. A federação fala em 12 anos de salários congelados e salienta que os portugueses continuam a ser dos médicos com salários mais baixos da Europa.
  • Reposição das 35 horas semanais para todos os médicos que assim o desejem; e das 12h do serviço de urgência ao invés das atuais 18h, medida que vem desde o tempo da Troika; e que era transitória.
  • Reposição dos dias de férias.
  • Efetiva progressão da carreira.
  • Reconhecimento do internato no primeiro grau da carreira médica.
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