Voltam a soar os alarmes de recessão na maior economia da zona euro: o índice de confiança do instituto ZEW para o sentimento económico alemão caiu para -10,7 em maio, bem abaixo dos esperados -5,5 e uma redução significativa em relação aos 4,1 do mês anterior. Já para a zona euro, o índice recuou de 6,4 para -9,4, também ficando bastante abaixo das projeções de -1,0.
Estes são os primeiros resultados negativos desde dezembro do ano passado, simbolizando a perda do fulgor do início de 2023 e o regresso a uma situação de contração da atividade nas economias alemã e, por arrasto, da moeda única.
Ao mesmo tempo, o índice referente às atuais condições da economia germânica também se voltou a deteriorar, embora menos do que o esperado: o recuo foi apenas até aos -34,8, acima dos projetados -37,0, isto depois de o índice ter ficado em -32,5 no mês anterior.
Segundo a análise do banco ING, a perda de otimismo dos agentes alemães e europeus deve-se à junção de dados macro recentes fracos, o regresso dos medos de um default nos EUA e a possibilidade de mais tensões na banca, além da expectativa de mais subidas dos juros.
Apesar de não ser um indicador forte na previsão do comportamento do PIB, o índice ZEW costuma funcionar bem na antecipação de pontos de viragem da economia. E “três quedas consecutivas são uma tendência nova na direção errada”, adjetiva a nota do banco neerlandês.
“Isto não significa que a economia alemã vá ficar presa numa recessão nos próximos anos; mas significa que o crescimento deve ficar subjugado, na melhor das hipóteses, e a possibilidade de estagnação irá prolongar-se”, lê-se.
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