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Mercado castiga CaixaBank por falta de clareza na distribuição de dividendos

O CEO do banco espanhol recusou dar “um número certo” no que toca à remuneração acionistas e isso pode explicar que as ações do banco espanhol estejam a cair 4,92% para 5,41 euros na Bolsa de Madrid.
19 Novembro 2024, 13h16

Gonzalo Gortázar esteve esta terça-feira em Madrid a apresentar o Plano Estratégico para os anos 2025 e 2027 e revelou que o banco vai distribuir aos acionistas entre 50% e 60% do lucro através de dividendos, com um dividendo intercalar cada ano, além de estabelecer que o banco distribuirá todo o capital que exceda 12,5% do rácio de capital CET 1 (o capital de maior qualidade para absorver perdas)  – enquanto o plano estratégico anterior fixava esta referência em 12% – em recompra de ações ou dividendos.

O CEO do banco espanhol, recusou dar “um número certo”, no que toca à remuneração acionistas e isso pode explicar que as ações do banco espanhol estejam a cair na Bolsa de Madrid 4,92% para 5,41 euros. Os investidores parecem ter visto o Plano Estratégico do banco dono do português BPI como “pouco ambicioso”. O que é um facto é que o CaixaBank tem estado nos últimos anos no limite superior do intervalo de payout ratio, distribuindo 60% dos seus lucros através de dividendos em dinheiro. Por essa razão, é expectável que investidores esperassem que o novo plano certificasse um payout ratio de no mínimo 60% e não menos.

Sobre o crescimento, o Gonzalo Gortázar afirmou que não estava a planear quaisquer aquisições. Incluindo em Portugal. “Queremos estar onde queremos estar”, disse o banqueiro sobre estarem em Espanha e Portugal.

Na nova etapa, Tomás Muniesa ficará na presidência depois de José Ignacio Goirigolzarri ter decidido não renovar o cargo. O até agora vice-presidente do banco assumirá a função sem cargo executivo e será reforçada a responsabilidade de Gonzalo Gortázar como CEO à frente do negócio.

Uma das grandes chaves da estratégia para até 2027 é acelerar o ritmo de atração e geração de negócio para compensar o estreitamento das margens devido à descida das taxas, implementando inúmeras iniciativas comerciais e maximizando a evolução tecnológica.

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