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Mercados europeus fecham em alta num dia sem sobressaltos

A acreditar nos analistas, os investidores dos mercados europeus passaram o dia à espera do que o banco central norte-americano tem para dizer aos norte-americanos. Do mesmo modo, ignoraram o discurso do estado da nação de Ursula von der Leyen.
  • Lucas Jackson/Reuters
16 Setembro 2020, 16h43

A perspetiva de boas notícias por parte da Reserva Federal norte-americana em termos do alinhamento dos órgãos decisores do país no combate às consequências económicas da pandemia foi suficiente para alimentar um dia positivo nos mercados europeus, com a maioria dos índices – PSI 20 incluído – a segurem em alta à hora do fecho dos mercados.

Única exceção de peso foi, como desde a abertura, o britânico FT SE 100, que fechou a perder 0,40%, para os 6.081,71, e dando mostras de continuar a derrapar. Possivelmente, os investidores do outro lado do Canal da Mancha estão pouco confortáveis com as negociações do Brexit, que o primeiro-ministro Boris Johnson praticamente fez o favor de implodir depois de lançar a ideia de um mercado único para as ilhas. Na linha de água mas sem conseguir passar para o lado positivo esteve também o francês CAC 40, que no fecho perdia 0,04%, para os 5.065,82 pontos – mas pouco tempo depois conseguia finalmente ‘dar a volta’, estando nesta altura do lado positivo, com um crescimento de 0,13%, para os 5.074,42 pontos.

Do lado positivo ficaram o IBEX 35, que subia 0,81% para os 7.091 pontos, o DAX, a crescer 0,10% para os 13.230,35 pontos, e o BEL 20, a crescer 0,72%, para os 3.387,50 pontos – entre tantos outros, sendo que nenhum deles apresentou fortes crescimentos.

Os analistas são de opinião que os mercados não deverão oscilar até ao final do dia – mesmo quando, dentro de um par de horas, o Fed e o seu presidente explicarem aos investidores o que os espera – e ao resto do país – em termos de políticas de contenção do descalabro da economia norte-americana. A manutenção das baixas taxas de juro, a compra de ativos e o controlo da inflação numa área próxima dos 2% serão com certeza as principais indicações do banco central europeu.

Por cá, foi dia de a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ter produzido uma espécie de discurso sobre o estado da nação. Em termos de mercados, é de salientar que nenhum deles terá dado pelo sucedido: o comportamento dos índices não sofreu qualquer oscilação ao longo dos muitos minutos que o discurso durou e nem no fim foi possível detetar qualquer interferência da área política da União – ao contrário do que aconteceu com a política dos Estados Unidos!

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