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Mercados expectantes em semana de BCE e de dados macroeconómicos na zona euro

As energéticas sobressaíram entre as perdas mais acentuadas em Lisboa no final da semana passada. Esta segunda-feira, os holofotes viram-se para a maior economia da zona euro.
8 Abril 2024, 07h30

A bolsa de Lisboa registou na sexta-feira um dia negativo, em linha com a tendência generalizada que se verificou nas mais importantes praças europeias. A EDP Renováveis liderou as quedas ao cair quase 3%, num dia particularmente negativo para as energéticas que integram o PSI.

A energética tombou 2,83% e ficou-se pelos 12 euros, o que corresponde a mínimos de meados de 2020. Desde então, a energética atingiu o seu máximo em agosto de 2022, quando as respetivas ações chegaram a ser negociadas acima dos 25 euros. Em termos homólogos (face a abril de 2023), está em causa uma queda de mais de 40% nas negociações (de aproximadamente 20 para 12 euros).

A empresa avançou com um novo programa de dividendos flexíveis na passada quinta-feira, após o encerramento dos mercados. Ora, a reação dos mercados foi negativa e prova disso é a queda na negociação dos títulos.

O dia foi de quedas fortes no sector das energias, já que a EDP derrapou 2,40%, até aos 3,49 euros, ao passo que a REN recuou 1,81% e ficou-se pelos 2,175 euros. Seguiram-se a Jerónimo Marins, que perdeu 2,03% e ficou-se pelos 17,87 euros, assim como a NOS, que recuou 1,78% e os títulos estavam a ser negociados nos 3,60 euros quando terminou a sessão.

Também entre as praças europeias é notório o sentimento negativo, na sequência de o presidente da Fed de Minneapolis (EUA), Neel Kashkari, ter alertado para a possibilidade de o ciclo de cortes nas taxas de juro poder ter início só no próximo ano. Em causa está a possibilidade de a inflação estagnar, num sinal que seria de resistência dos consumidores e das empresas ao cenário de uma política monetária mais agressiva. De recordar que as taxas de juro da Fed nos Estados Unidos estão fixadas desde julho nos 5,50%. A próxima reunião está marcada para o dia 1 de maio.

A maioria dos principais índices perderam mais de 1% na sessão. A maior perda foi protagonizada por Espanha, em 1,63%. Seguiram-se Itália, Alemanha e França, que resvalaram 1,34%, 1,23% e 1,11%. O Reino Unido recuou 0,87%, ao passo que o índice agregado Euro Stoxx 50 foi a exceção e deu um salto de 0,05%.

Esta segunda-feira, destaque para os dados macroeconómicos que vão ser divulgados na maior economia da zona euro, a Alemanha. Em causa está o Índice de Produção Industrial e a Balança Comercial, ambos referentes a fevereiro.

Ao longo da semana vão também ser conhecidos indicadores que dizem respeito à economia portuguesa. O destaque vai para a divulgação da taxa de inflação em março, agendada para as 11 horas de quarta-feira. No dia anterior, terça-feira, tempo para ser conhecida a balança comercial da economia portuguesa. Dois indicadores que permitirão inferir sobre o comportamento da mesma no último mês.

Mais adiante, na quinta-feira, o BCE reúne para tomar uma decisão acerca das taxas de juro. Os especialistas têm apontado para que esta se mantenha nos 4,50%, mas poderão ser dados mais sinais sobre quando será de prever um corte a este nível.

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