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Mercados fecham os olhos à escalada do conflito no leste europeu e mostram serenidade

Mísseis, ameaças e muita tensão a nível global. A leste, o conflito parece adensar-se mas os mercados parecem imunes a isso, ao demonstrarem um sentimento positivo, ao mesmo tempo que o ouro, enquanto ativo de refúgio, até está no ‘vermelho’.
bolsa de Lisboa PSI
20 Novembro 2024, 12h47

Os mercados não estão a sentir (ou pelo menos a refletir) o escalar de tensão entre a Ucrânia e a Rússia, de tal modo que estão a registar leves ganhos na manhã desta quarta-feira. De resto, na sessão passada, Wall Street registou um sentimento maioritariamente positivo.

Entre as principais praças europeias, Espanha lidera com o IBEX 35 a subir 0,41%, ao mesmo tempo que a Alemanha se adianta 0,32% e o índice agregado Euro Stoxx 50 soma 0,18%. Seguem-se acréscimos de 0,07% em França, 0,06% em Itália e 0,02% no Reino Unido.

Do outro lado do Atlântico, a bolsa de Wall Street fechou terça-feira com um incremento de 1,04% no tecnológico Nasdaq. O empresarial S&P 500 ganhou 0,40%, ao passo que o industrial Dow Jones contraiu 0,28%.

Ainda que não estejam em causa subidas expressivas, os mercados estão a mostrar tranquilidade depois do impacto inicial do primeiro ataque ucraniano com mísseis norte-americanos de longo alcance, que teve lugar durante a tarde de terça-feira.

Em simultâneo, os futuros de ouro também dão sinais de segurança do lado dos investidores. Aquele minério é habitualmente visto como ativo de refúgio, pelo que tende a valorizar sobretudo em situações de incerteza económica ou geopolítica, por exemplo. Ora, os futuros de ouro estão a recuar 0,19%, até aos 2.626 dólares por onça, o que reflete a tranquilidade que se vive nos mercados.

Menos de 24 horas depois, a administração de Joe Biden fez saber que vai fornecer à Ucrânia minas antipessoais. O objetivo passa por reforçar as defesas ucranianas na fronteira com a Rússia, sobretudo de forem usadas juntamente com minas antitanque, esclarece a Reuters.

Da parte do Kremlin, chegou o alerta de que os Estados Unidos querem “escalar o conflito”, nas palavras do ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov. Ora, perante a ameaça de um “potencial ataque aéreo significativo” da Rússia, os EUA e Espanha fecharam as embaixadas que têm em Kiev.

 

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