[weglot_switcher]

Merkel salva Adidas com cheque de 2,4 mil milhões de euros

O grupo de equipamentos desportivos concluiu o acordo para um crédito de 2,4 mil milhões de euros com o banco de desenvolvimento estatal da Alemanha e 600 milhões com um conjunto de bancos. Objetivo passa por superar “uma situação sem precedentes”.
15 Abril 2020, 17h45

O Governo alemão lançou uma ’tábua de salvação’ à Adidas, escreve esta quarta-feira a imprensa germânica. O gigante europeu de artigos e moda desportiva garantiu a aprovação de um empréstimo de 2,4 mil milhões de euros por parte da KfW, o banco de desenvolvimento estatal da Alemanha. A este valor junta-se um crédito sindicato de 600 milhões de euros para “salvar esta situação sem precedentes”, segundo explica um comunicado reproduzido pelo site “Palco23”.

Escreve o site espanhol que esta segunda linha de financiamento aguarda ainda formalização, apesar do mesmo ter sido acordado com taxas de juro “em condições de mercado habituais”. Os bancos que participaram nesta operação, juntamente com o KfW, foram o UniCredit, Bank of America, Citibank, Deutsche Bank, HSBC, Mizuho Bank e Standard Chartered Bank.

Pelo lado da Adidas, o gigante dos equipamentos desportivos comprometeu-se a suspender o pagamento de dividendos enquanto não amortizar estes empréstimos, que a curto prazo iriam servir para “salvaguardar a flexibilidade financeira da companhia”. Além disso, foi travada a recompra de ações, foram concebidos planos de redução de custos e os administradores renunciaram a 65% do seu salário.

“A situação atual é um sério desafio, inclusivamente para empresas saudáveis. Agradecemos ao Governo alemão pela rápida e integral capacidade de resposta a esta crise mundial sem precedentes”, referiu o conselheiro delegado da Adidas, Kasper Rorsted. “O acesso a liquidez adicional é essencial para atenuar esta crise; pagaremos este empréstimo o mais rápido possível”, referiu.

Ainda não foram atualizadas as previsões de resultados para 2020 devido ao facto do impacto pós-pandemia ter sido acima do esperado e por ter-se estendido à Europa e Estados Unidos. Só o confinamento na China traduziu-se numa perda de receitas estimada entre 800 e 1000 milhões de euros.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.