As mesas de voto abriram este domingo na República Centro-Africana para eleições presidenciais e legislativas num país ainda em guerra civil e sob ameaça de uma nova ofensiva rebelde contra o regime do atual Presidente e favorito à vitória.
Muitas mesas de voto em Bangui abriram com 50 minutos de atraso porque o material de votação não chegou a tempo, de acordo com a agência noticiosa France-Press (AFP).
A capital está calma, mas um grande número de soldados de manutenção da paz e de soldados da África Central e do Ruanda patrulharam todos os bairros e montaram veículos blindados da força de manutenção da paz das Nações Unidas, com metralhadoras em frente às mesas de voto.
A população da República Centro-Africana (RCA) é chamada às urnas para eleger o Presidente do país, com o atual chefe de Estado, Faustin Archange Touadéra, a surgir como o principal candidato à vitória.
A corrida presidencial, que conta com 17 nomes no boletim de voto, fica marcada pela ausência do antigo Presidente François Bozizé, que viu a sua candidatura ser invalidada no início do mês pelo Tribunal Constitucional da RCA.
As eleições realizam-se depois de uma crescente tensão na última semana, marcada pelo estabelecimento de uma coligação entre líderes dos três principais grupos armados, que ocupam grande parte do território da RCA e conduzem uma ofensiva no norte e no oeste do país.
Além da eleição do Presidente do país, os centro-africanos irão decidir a composição da Assembleia Nacional da RCA.
Várias organizações internacionais, incluindo as Nações Unidas e a União Africana, manifestaram a sua preocupação com o aumento da violência neste país, onde Portugal tem atualmente 243 militares, dos quais 188 integram a missão da ONU (Minusca) e 55 participam na missão de treino da União Europeia (EUTM), liderada por Portugal, pelo brigadeiro general Neves de Abreu, até setembro de 2021.
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