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Metade dos portugueses gastam mais de 30% do orçamento mensal em alimentação

Barómetro FOOD, realizado pelo Grupo Edenred em conjunto com 25 parceiros públicos e universidades, revela que metade dos inquiridos gastam praticamente um terço do orçamento mensal em alimentação e que para 17%, a fatura chega aos 40%.
5 Novembro 2023, 11h07

O Barómetro FOOD, realizado por ocasião do Dia Europeu da Alimentação e da Cozinha Saudáveis, que se assinala na próxima quarta-feira, 8 de novembro, conclui que as pessoas querem comer melhor, mas não conseguem pagar.

A quase totalidade (90%) dos portugueses estão mais despertos para a alimentação saudável com 93% a apontar a saúde como a principal motivação para quererem mudar de hábitos. A diversidade alimentar (72%) e as questões ambientais/animais (68%) são outras razões apontadas.

Segundo o estudo coordenado pelo Grupo Edenred e realizado em conjunto com 25 parceiros públicos e universidades, entre as quais a Direção-Geral de Saúde e a Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto, 51% dos inquiridos disseram ter mudado os hábitos alimentares no último ano, para comer melhor e 84% disseram que ter em consideração o índice nutricional nas escolhas que fazem.

Apesar disso e considerando o total de almoços e jantares, o Barómetro apura que apenas 23% das pessoas fazem entre 11 e 14 refeições saudáveis por semana. Os dados mostram ainda que  28% dos portugueses têm entre sete e nove refeições equilibradas, 30% entre quatro e seis refeições e 20% menos de três.

Face ao contexto de inflação, que já no ano passado levava as pessoas a cortarem em despesas de alimentação, metade dos portugueses gastam mais de 30% do seu orçamento mensal em alimentação, sendo que 17% gastam mesmo mais de 40%, adianta o estudo.

De acordo com dados do Eurostat, em 2019, os gastos com alimentação dos portugueses rondavam em média 16% do orçamento mensal.

Com 97% dos portugueses a acreditarem que os preços da alimentação continuarão a subir nos próximos meses, atualmente, refere o estudo, 70% das pessoas afirmam que no final do mês já não tem dinheiro disponível do subsídio de alimentação e precisa de utilizar outros meios para pagar as refeições.

O Barómetro lembra ainda que apesar de o montante do subsídio isento em cartão refeição ser de 9,60€/dia, de acordo com um estudo realizado pela Netsonda para a Edenred, os portugueses recebem em média 5,77€/dia. Se recebessem mais, as pessoas acreditam que: melhorariam a qualidade das suas refeições (75%), aumentariam a quantidade de comida ao almoço (54%), comprariam mais produtos para preparar as refeições (87%) e iriam mais vezes a restaurantes à hora de almoço (42%).

 

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