Numa altura em que o debate sobre a defesa da Europa e o aumento dos investimentos no setor está o mais possível em evidência, uma parte da fileira industrial portuguesa vai mostrar ao Presidente francês, Emmanuel Macron, que está de visita a Portugal, que tem condições necessárias e suficientes para ser um fornecedor privilegiado. O presidente da CIP, Armindo Monteiro – um dos anfitriões do da cimeira de negócios que esta sexta-feira terá lugar no Porto (com a presença de Macron) – adiantou ao Jornal Económico que “os setores da metalomecânica, dos têxteis e o setor alimentar” agregam a “linha da frente” do da estratégia, que pretende concluir com a indústria de defesa francesa uma parceria que as leve a tomar parte na cadeia de fornecimento.
E Armindo Monteiro especificou: “do lado da metalomecânica, temos grandes capacidades nas áreas dos carros de combate, das peças de substituição e das munições; no que se refere aos têxteis, e com o contributo do CITEVE (o centro de inovação e investigação têxtil), temos fortes valências na área dos têxteis técnicos; e finalmente o setor agroalimentar pode ter um grande contributo no segmento das rações de combate”.
Para Armindo Monteiro, “não há um valor que possa isolar para mostrar o que vai ser necessário investir”, uma vez que o ‘estado da arte’ é o de mostrar aos franceses – “que são os maiores construtores da Europa em termos de setor da defesa”, recorda Armindo Monteiro – as capacitações portuguesas em termos de possíveis fornecedores. “Isso é um trabalho que virá depois”, disse. O fundamental, continuou, “é que os franceses, os empresários franceses compreendam que a indústria portuguesa pode ser um parceiro sofisticado e já não pelos baixos salários” e pela produção indiferenciada.
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