A Metro Mondego teve uma taxa de execução de 64,7% dos investimentos projetados para 2024 e apresenta uma evolução positiva face aos três anos anteriores, com taxas abaixo dos 50%, segundo o Relatório e Contas.
Os níveis de investimento executado, embora bastante abaixo do projetado, “estão alinhados com a trajetória de crescimento da atividade” da Metro Mondego (MM), empresa que irá assegurar a gestão do Sistema de Mobilidade do Mondego, cuja primeira fase de operação deverá arrancar no final deste ano, referiu a entidade no Relatório e Contas de 2024 aprovado em março e consultado pela agência Lusa.
Apesar de apenas ter executado cerca de dois terços do projetado para 2024, a Metro Mondego apresentou uma taxa de execução bastante superior aos três anos anteriores, em que teve valores abaixo dos 50% (em 2023 executou pouco mais de um terço do previsto).
De acordo com o documento disponibilizado na página da empresa, a MM executou, em 2024, 28,9 milhões de euros (44 milhões projetados), representando também “um crescimento de cerca de 4,5 vezes o valor executado em 2023”, em que se ficou por cerca de seis milhões de euros (a Metro Mondego não é responsável pela execução dos troços do SMM, cujas empreitadas são geridas pela Infraestruturas de Portugal).
Para as diferenças entre o investimento projetado e executado, a MM considerou que contribuíram os atrasos na publicação da resolução do Conselho de Ministros que autorizou investimentos plurianuais, atrasando a empreitada do Parque de Material e Oficinas (PMO), em Ceira, assim como “as dificuldades enfrentadas” nas empreitadas das infraestruturas do sistema, da responsabilidade da Infraestruturas de Portugal.
Além disso, o atraso no arranque da primeira fase de operação entre Serpins (Lousã) e Portagem (Coimbra) adiou também o processo de recrutamento de motoristas, que foi aberto recentemente.
“Estes atrasos nas empreitadas e fornecimentos refletiram-se num adiamento da data prevista para a entrada em serviço do SMM e, em consequência, no adiamento de alguns dos estudos e assessorias relacionados com a operacionalização do sistema”, explicou.
Em 2024, a MM apresentou um resultado líquido positivo de 206 mil euros.
O processo de contrato de serviço público entre Estado e MM também está encaminhado, depois de uma minuta de contrato ter recebido um parecer prévio favorável por parte da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes, no final de 2024, dando nota de pequenos ajustes que estavam a ser feitos ao documento.
Esse contrato de serviço público deverá “ter o horizonte de dez anos”.
A Metro Mondego é responsável pela futura operação do SMM, que irá funcionar na cidade de Coimbra e servir ainda os concelhos de Lousã e Miranda do Corvo com autocarros elétricos articulados em via dedicada.
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