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Mexia sobre alianças com CTG no Brasil: “Tudo está em aberto”

“É óbvio que tudo aquilo, e só aquilo que crie valor para todos os acionistas da EDP, tem sido feito e será feito”, referiu o CEO. “A América Latina já é hoje uma área de colaboração, temos vários projetos em conjunto… e estamos a trabalhar em conjunto [com a CTG] para entrar em novos mercados”.
  • Cristina Bernardo
24 Abril 2019, 19h32

A EDP e a China Three Gorges vão continuar a trabalhar em conjunto para entrar em novos mercados na América Latina, afirmou esta quarta o CEO da energética portuguesa, após a oferta chinesa pela empresa ter caído por terra com o chumbo, em assembleia geral, de uma das condições de lançamento.

A Assembleia Geral da EDP chumbou esta quarta-feira a proposta de alteração dos estatutos da empresa que permitiria acabar com o limite de votos de 25% por acionista, dando assim um golpe fatal à Oferta Pública de Aquisição (OPA) da China Three Gorges (CTG) sobre a energética portuguesa.

Questionado sobre a possibilidade, referida por algumas fontes nas últimas semanas, sobre eventuais joint ventures entre a estatal chinesa e a EDP na América Latina, especialmente no Brasil, António Mexia optou por recordar o passado para sinalizar como a parceria irá continuar no futuro.

“Desde que a CTG entrou na companhia, e já lá vão alguns anos, sempre tivemos a capacidade de trabalhar em conjunto em soluções que eram boas para a companhia e para os acionistas, incluindo a CTG”, explicou o CEO em conferência de imprensa. Adiantou que a estatal chinesa trouxe à EDP capacidade de intervenção “de uma forma que nós não tínhamos num momento muito difícil de mercado, em particular também na América Latina, onde acabamos por fazer mais coisas no mercado brasileiro do que teríamos feito sem essa ajuda”.

A 13 de março, a agência Reuters noticiou que, se a OPA falhar, a CTG e a EDP poderão forjar parcerias para o Brasil e a América do Sul.

“Há uma visão muito clara de companhias de energias limpas, renováveis e o papel das eléctricas. Partilhamos essa visão e tem sido feito em vários países. É óbvio que tudo aquilo, e só aquilo que crie valor para todos os acionistas da EDP, tem sido feito e será feito”, referiu Mexia esta quarta-feira.

“A América Latina já é hoje uma área de colaboração, temos vários projetos em conjunto… e estamos a trabalhar em conjunto para entrar em novos mercados da América Latina”, sublinhou.

“Tudo isto é um campo de criação de opções que sejam boas para a companhia e para a CTG no contexto da parceria”, referiu o CEO.  “Tudo está em aberto”.

 

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