O acordo dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+), que estipula a redução da produção de petróleo, pode não acontecer devido ao México, avança a ‘Reuters’, esta sexta-feira, 10 de abril.
Segundo o ministro da Energia da Arábia Saudita, os principais países que fazem parte da OPEP+ acordaram um corte de 10 milhões de barris por dia, mas a concretização deste plano está dependente do México, que não quer aplicar cortes na sua produção.
“Espero que vejam os benefícios deste acordo, não apenas para o México mas para o mundo inteiro. Todo este acordo depende do consentimento do México”, assumiu o rei saudita Abdulaziz bin Salman à ‘Reuters’. A ministra da Energia mexicana, Rocio Nagle Garciato, assumiu na rede social Twitter que o país latino está disponível para cortar a produção diária em 100 mil barris, um valor muito abaixo da proposta de redução de 400 mil barris por dia.
A procura global de combustível apresentou uma quebra de 30 milhões de barris por dia, uma vez que as medidas de precaução de muitos países passaram por encerrar os aeroportos e impedir voos das companhias aéreas. O principal objetivo é retirar até 20 milhões de barris do mercado para reverter a crise de preços agravada pela pandemia do novo coronavírus.
Esta sexta-feira, 10 de abril, os responsáveis da Energia do G20 vão reunir-se para debater cortes adicionais que poderão ascender o corte de cinco milhões de barris diários. A reunião vai contar com a presença dos Estados Unidos e Canadá.
Relativamente aos cortes da produção de petróleo dos EUA, do Canadá e do Brasil, Abdulaziz bin Salman disse à ‘Reuters’ que estes países têm de fazer os cortes por eles mesmo, sendo que “não é o nosso trabalho ditar o que os outros podem fazer com base nas circunstâncias de cada país”.
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