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MG Motor alerta para impacto das tarifas à China nos consumidores europeus

Marca renascida na China critica imposição de Bruxelas e reitera que aumento das tarifas aos automóveis elétricos vai atrasar objetivos europeus de metas climáticas e pesar nos bolsos dos consumidores europeus.
MG Motor
8 Outubro 2024, 10h05

A MG Motor mostra-se preocupada em relação ao aumento das tarifas a aplicar aos veículos elétricos fabricados na China e importados para a Europa, e em como a decisão da Comissão Europeia pode aumentar o preço destas viaturas em todo o bloco, afetando o valor aplicado aos consumidores.

Em comunicado, a fabricante de origem britânica e atualmente propriedade da chinesa SAIC Motor entende que vai existir um claro impacto nos consumidores europeus, negócios e também no meio ambiente.

Para a MG Motor, a decisão de Bruxelas “representa um retrocesso significativo para a indústria automóvel europeia e para os objetivos de sustentabilidade da União Europeia”. A fabricante chinesa indica que ao focar-se nestas importações, a União Europeia “está a interferir na cadeia de fornecimento de veículos elétricos inovadores, de alta qualidade e com preços competitivos”, que considera essenciais para acelerar a transição no bloco europeu em direção à mobilidade verde.

A escolha de Bruxelas, que prevê aumentar as tarifas em até 45%, vai fazer com que este tipo de veículos fique menos acessível ao consumidor regular.

Ainda assim, a MG Motor reafirma estar empenhada no processo de expansão comercial e, para tal, vai manter o foco na produção e melhoria dos seus automóveis. “Veículos elétricos a preços acessíveis são essenciais para garantir que a mobilidade verde continua a ser acessível para consumidores de todos os estratos socioeconómicos, e estas taxas só aumentarão a lacuna na acessibilidade na sociedade”, critica a marca com fábricas na China, Tailândia e Índia.

A MG Motor não é simpática e reposta: “Numa altura em que a UE estabeleceu metas climáticas ambiciosas, esta decisão inevitavelmente atrasará a adoção de veículos na emissão zero, atrasando o progresso na redução de carbono e nos objetivos de energia limpa”.

Além disso, e com cada vez mais marcas automóveis chinesas a chegar à Europa, como é o caso da própria MG, a fabricante entende que os desafios globais, “como as alterações climáticas e o avanço tecnológico, não podem ser tratados de forma eficaz através de protecionismo”.

“A cooperação internacional é fundamental para desenvolver as soluções mais eficientes e eficazes para combater desafios globais de sustentabilidade. A MG reitera o seu apoio aos mercados abertos e sobretudo à colaboração, que acredita que conduzirá a veículos mais acessíveis, inovadores e ambientalmente amigáveis para os consumidores”, lê-se no comunicado.

Por isso mesmo, e antes de uma decisão final, prevista até ao fim do mês, a fabricante apela ao diálogo entre os Estados-membros e fabricantes chinesas e à reconsideração de Bruxelas.

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