O candidato às presidenciais primárias do partido democrata, Michael Bloomberg, considera vender a agência Bloomberg se for eleito presidente dos EUA no próximo mês de novembro, avançou a própria comitiva do antigo presidente da Câmara de Nova Iorque.
A declaração do futuro da empresa surgiu depois de Bloomberg ter sido confrontado com a possibilidade de ganhar as eleições presidenciais norte-americanas. No início da conversa, o empresário e os assessores ainda conversaram sobre diferentes possibilidades, onde foi colocada em cima da mesa a hipótese da empresa ser gerida por um fundo fiduciário, sendo que no fim da discussão a venda foi colocada como solução.
Ainda assim, a decisão só será tomada se Bloomberg conseguir derrotar Donald Trump em novembro, e os representantes sublinharam que, atualmente, a empresa não se encontra à venda. “Como o Mike já disse por inúmeras vezes, se for eleito presidente em novembro, ele colocaria a empresa num fundos de depósito [trust funds] para vendê-la”, disse um porta-voz da empresa, acrescentado que “atualmente, não estamos à venda”.
À CNN, um assessor do empresário disse ainda que este também iria divulgar a sua declaração de impostos caso fosse eleito presidente dos EUA, disponibilizando-se a fazer algo que Trump não deseja fazer. Donald Trump, por exemplo, teve de abandonar a sua posição enquanto membro da sua própria empresa, mas nunca a vendeu, tendo colocado a sua filha Ivanka em frente dos negócios, além de o acompanhar na vida política.
“Não vai existir confusão sobre as suas participações financeiras, desfocando a divisão entre o serviço público e o lucro pessoal”, sustentou o consultor de campanha de Michael Bloomberg. A candidatura à presidência levantou questões relativamente ao futuro da agência e à cobertura noticiosa que esta faz.
A empresa Bloomberg, que tem o mesmo nome do seu fundador, foi criada em 1981 e Michael Bloomberg tem uma participação maioritária de 88% da empresa a que deu nome. Estima-se que o candidato, cujo património líquido está avaliado em 62,8 mil milhões de dólares (58,23 mil milhões de euros), já tenha gasto mais de 400 milhões de dólares (370 milhões de euros) na campanha, tendo fugido a dois debates entre os candidatos democratas.
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