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Miguel Pinto Luz: “Comigo não haverá qualquer tipo de acordos de regime com o PS”

O social-democrata, que está na corrida pela liderança do PSD com Luís Montenegro e o atual presidente, Rui Rio, defende que o PSD tem de ser uma “alternativa” e não uma “cópia do PS”. Por isso, observando a direita, Pinto Luz diz que Iniciativa Liberal e Chega surgiram “porque o PSD não foi capaz de dar resposta” .
Vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais e ex-candidato à liderança do PSD, Miguel Pinto Luz
12 Dezembro 2019, 10h33

O candidato à presidência do PSD Miguel Pinto Luz, que também é o vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais, garante que não fará “qualquer tipo” de acordos com o PS sobre reformas estruturais, por o Governo, composto por socialistas, ser o mais “radicalizado de sempre”. “Comigo não haverá qualquer tipo de acordos de regime com o PS em áreas tradicionais, como sejam a Justiça, a Segurança Social e outras”, afirma em entrevista ao “Público” e “Rádio Renascença” esta quinta-feira, 12 de dezembro.

Miguel Pinto Luz justifica a sua posição não “por posicionamento dogmático”, mas por acreditar que sociais-democratas e socialistas estão demasiado distantes e, por isso, “perder tempo” numa aproximação “é praticamente impossível”.

Contudo, abre uma exceção para o ambiente: “Um acordo de regime é numa área de que não ouvi ninguém defender, tem a ver com o ambiente. Aí, é mais aquilo que nos une do que o que nos separa”.

O social-democrata, que está na corrida pela liderança do PSD com Luís Montenegro e o atual presidente, Rui Rio, defende que o partido tem de ser “alternativa” e não “cópia do PS”. Por isso, observando a direita, Pinto Luz diz que o Iniciativa Liberal e o Chega surgiram “porque o PSD não foi capaz de dar resposta” .

Um dos caminhos apontados por Pinto Luz é um “novo contrato social”.  “Temos hoje um país completamente diferente de quando o Estado Social deu os primeiros passos há 40 anos […] é preciso junto com o setor privado e o terceiro setor – muito importante – apresentar uma nova proposta de valor na área da saúde, educação e na segurança social”, defende.

Além desta ideia, Pinto Luz aborda na entrevista um dos temas do momento, a regionalização. “Estive contra a regionalização, mas tenho de admitir que o modelo atual não funciona. Temos de estar disponíveis para repensar […] pensando no papel das CCDR, dando, se calhar, o passo que o Governo quer dar”.

Miguel Pinto Luz anunciou oficialmente a sua candidatura à presidência do PSD em 18 de outubro, confirmando o que o Jornal Económico noticiara em 11 de outubro.

As eleições diretas para escolher o próximo presidente do PSD realizam-se em 11 de janeiro de 2020, durante o congresso do PSD. Uma eventual segunda volta terá lugar uma semana depois. O congresso dos sociais-democratas está marcado para entre 7 e 9 de fevereiro, em Viana do Castelo.

Além de Pinto Luz, apresentaram-se como candidatos à liderança do PSD, até agora, o atual presidente Rui Rio e o antigo líder parlamentar Luís Montenegro.

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