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Miguel Pinto Luz diz que Portugal não precisava de um Governo “balofo, obeso, com peso a mais”

Candidato à liderança do PSD criticou dimensão do Executivo de António Costa, a que chamou “elefante pesado”, prevendo “problemas de coordenação, de articulação e de sobreposição de pastas e pelouros”.
Vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais e ex-candidato à liderança do PSD, Miguel Pinto Luz
26 Outubro 2019, 18h45

O vice-presidente da Câmara de Cascais e candidato à liderança do PSD Miguel Pinto Luz recorreu às redes sociais para comentar a tomada de posse do XXII Governo Constitucional, considerando que se passou “da Geringonça para um elefante pesado”. Isto porque, em sua opinião, basta o facto de o novo Executivo de António Costa ter 70 membros, entre primeiro-ministro, 19 ministros e 50 secretários de Estado, “para se perceber que não vai ser ágil nem operacional”.

“A última coisa de que Portugal precisava era de um governo como este. Balofo, obeso, com peso a mais”, escreveu Miguel Pinto Luz na sua conta de Facebook, alegando que a estrutura escolhida contraria “as boas práticas governativas existentes na União Europeia de que fazemos parte” e implicará “problemas de coordenação, de articulação e de sobreposição de pastas e pelouros” que terão “inevitáveis reflexos no processo de decisão e na capacidade de gestão global”.

Referindo-se a precedentes históricos na governação de Portugal, o candidato à liderança do PSD admite que a “existência de um Executivo com tanta gente” ainda seria compreensível em 1976, “pois a democracia constitucional dava então os primeiros passos”, mas neste momento “não faz o menor sentido”.

“Recordo, em contraste, que tivemos vários governos de coligação, todos com menos ministros e menos secretários de Estado do que este executivo monopartidário encabeçado por António Costa”, escreveu ainda Pinto Luz, sublinhando que o Executivo de Pedro Passos Coelho, “mesmo em tempo de grave emergência financeira, não necessitou de ser tão grande”. Algo que, em sua opinião, “também contribuiu para dar respostas mais céleres e eficazes aos problemas” e passou o exemplo à sociedade nacional de que “com menos foi possível fazer mais”.

Em contraste, no entender do vice-presidente da Câmara de Cascais antevê-se que agora “vai-se fazer menos com mais”.

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