Vice-presidente da Câmara de Cascais, Miguel Pinto Luz ouviu o líder do seu partido, Rui Rio, pôr em causa a competência de Carlos Carreiras, que está à frente de um de dois dos dez maiores concelhos portugueses governados pelo PSD, sendo o outro Braga. Pouco confiante nas hipóteses de os candidatos sociais-democratas a Lisboa, Sintra, Porto e Vila Nova de Gaia triunfarem, alerta para o efeito prejudicial do contágio entre a política nacional e a local.
Considera que Carlos Moedas, Ricardo Baptista Leite, Vladimiro Feliz e até mesmo António Oliveira, candidatos às maiores câmaras portuguesas, estão a lutar não só contra os autarcas incumbentes, mas também contra a perceção que o eleitorado faz da atuação do PSD?
Sem dúvida. Se nos concelhos mais pequenos isto acontece de forma mais ténue, nas grandes cidades do país há um efeito de contágio entre a política nacional e a política local. O engenheiro Moedas, o doutor Leite e Vladimiro Feliz têm todos eles contágio, benéfico ou prejudicial, para as suas candidaturas consoante a direção nacional está a fazer um combate mais ou menos feroz ao PS.
Entre os dez principais municípios portugueses neste momento o PSD só governa Cascais e Braga, ambos em coligação com o CDS-PP. No caso de Cascais acredita que está completamente seguro nestas autárquicas?
Sou um democrata profundo e a decisão caberá aos eleitores de Cascais no momento certo. O que cabe aos autarcas é fazerem as políticas a que se propuseram, e penso que o temos vindo a fazer com a liderança de Carlos Carreiras. Nos últimos 12 anos temos vindo a fazer políticas que nos comprometeram positivamente com o eleitorado, nomeadamente nestes últimos anos pandémicos, em que Cascais liderou essa agenda a nível nacional. Acredito convictamente que teremos um resultado que vai espelhar a qualidade das políticas públicas implementadas nos últimos anos.
Levaria a mal se Alexandre Faria, que é a aposta do PS para a conquista da Câmara de Cascais, utilizasse na campanha eleitoral cartazes com Rui Rio a chamar “incompetente” a Carlos Carreiras?
Em política temos que estar preparados para a crítica.
Neste caso seria a crítica do líder do seu próprio partido…
O aproveitamento político de críticas internas é legítimo. Não poderia levar a mal se Alexandre Faria utilizasse esse tipo de armas. Mas acredito que não o fará. Já fez parte de um executivo liderado por Carlos Carreiras e foi sempre muito elogioso das políticas que temos vindo a implementar.
Admite que o candidato socialista terá melhor impressão de Carlos Carreiras e da gestão de Cascais do que o líder do PSD?
Pelas palavras que temos ouvido de Rui Rio acredito que sim (risos). Sabemos da falta de carinho que Rui Rio tem para com Cascais e para com o Carlos Carreiras.
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