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Miguel Relvas: “Montenegro ainda tem uma grande oportunidade nesta eleição”

Miguel Relvas defende que Passos é o “líder natural” do centro-direita, mas apoia Montenegro nas diretas do PSD, após ter estado com Pinto Luz na primeira volta. Montenegro ainda tem hipóteses, diz.
17 Janeiro 2020, 07h59

Após estar ao lado de Miguel Pinto Luz na primeira volta das eleições diretas do PSD, Miguel Relvas, antigo ministro dos Assuntos Parlamentares e atual consultor de empresas e senior advisor da Roland Berger, irá votar em Luís Montenegro na segunda volta que decorre no sábado. Relvas considera que Rio representa o passado.

Acredita numa vitória da alternativa a Rui Rio?
Os dois candidatos da mudança tiveram a maioria, mas a política é mais lógica do que aritmética. Penso que o candidato Luís Montenegro cometeu o erro de erro de falar demasiado para dentro e pouco para o país. Quais foram os líderes do PSD mais marcantes? Sá Carneiro, Cavaco Silva, Durão Barroso e Passos Coelho. Todos os outros, incluindo Marcelo Rebelo de Sousa, passaram sem deixar marca. Estes quatro marcaram porque ganharam eleições e foram capazes de ter um discurso mobilizador para o país. Vou dar apoio a Luís Montenegro depois da boa campanha de Miguel Pinto Luz, que teve uma derrota cheia de futuro, mas penso que Montenegro só terá sucesso se transformar a segunda volta numa eleição nova. Deve assumir um projeto de diferença, com a nossa visão para a economia, saúde e segurança social. Fico extremamente preocupado ao ver candidatos do meu partido sem uma opinião clara e objetiva sobre, por exemplo, as PPP na saúde.

Tem faltado oposição?
Tem faltado oposição, mas não a do toca-e-foge. Essa existe. A oposição é muito mais do que debates quinzenais feitos para primeiros-ministros ganharem. Mesmo que altere o comportamento à frente do partido, Rui Rio descapitalizou o PSD em resultados, prestígio e pessoas. Descapitalizou o PSD como grande partido mobilizador do centro-direita. O PSD só ganhou eleições quando, a partir do centro-direita, foi suficientemente sedutor para os eleitores de centro-esquerda. Não pode andar aos ziguezagues e pagou por isso nas eleições.

Teve 21% nas europeias e, nas legislativas, menos de 28%. Estão satisfeitos com estes resultados? O líder do PSD não pode ser alguém que se sinta confortado por ser líder do PSD. Tem de desejar mais.

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