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Milionários estão 3% menos ricos mas continuam a confiar nos seus gestores de fortunas

O “World Wealth Report”, elaborado pela consultora tecnológica Capgemini, aponta para uma queda de 1,8 mil milhões de euros no conjunto das maiores fortunas do mundo.
9 Julho 2019, 17h42

Depois de sete anos consecutivos a crescer, as grandes fortunas a nível mundial caíram. No ano passado, os milionários perderam 3% da sua riqueza, o que equivale a menos 2 biliões de dólares (cerca de 1,8 biliões de euros), segundo o “World Wealth Report 2019” da consultora tecnológica Capgemini. O relatório da multinacional francesa concluiu que, em 2018, também o número de milionários à escala mundial recuou (-0,3%), na sequência da desvalorização das ações bolsistas e da desaceleração económica.

A região da Ásia-Pacífico, nomeadamente a China, liderou o movimento de declínio da riqueza (-1 bilião de dólares), sendo que a tendência de queda foi generalizada, afetando os mais ricos da América Latina (-4), da Europa (-3%) e da América do Norte (-1%). Só o Médio Oriente registou uma evolução, quer em termos de riqueza (+4%) quer em número de milionários (+6%), devido ao crescimento do PIB e ao desempenho dos mercados financeiros nesta zona.

A 23ª edição deste estudo, que teve 2.500 participantes oriundos de 19 países, revelou ainda que o número de Ultra High-Net-Eorth Individuals (HNWI) – i.e. indivíduos com alto património – diminuiu 4% e as suas fortunas 6%. Estes afortunados, que se encontram sobretudo nos Estados Unidos, Japão, Alemanha e China, foram os mais afetados, tendo sido responsáveis por 75% das perdas registadas globalmente. Já os milionários intermédios (com património compreendido entre os 5 e os 30 milhões de dólares) pesaram 20% nas quebras totais, enquanto os de primeiro nível (entre 1 e 5 milhões de dólares) viram as suas fortunas ter um deslize de apenas 0,5%.

O que pretendem dos gestores de património? Personalização

As carteiras dos multimilionários parecem estar menos recheadas, mas, de acordo com este documento, a confiança e a satisfação que mostram em relação à gestão dos seus patrimónios mantêm-se elevadas e, inclusive, a subir (+3 pontos percentuais face a 2017). Mais de metade (62%) dos HNWI inquiridos garantiram estar satisfeitos com os honorários cobrados pelos principais gestores do seu património, mas disse que gostaria de ter acesso a ofertas mais personalizadas e focadas na criação de valor acrescentado.

“Apesar do impacto causado pela volatilidade económica na riqueza dos HNWI em 2018, as empresas de gestão dos patrimónios conseguiram manter os níveis de confiança dos seus clientes elevados. No entanto, o seu sucesso no futuro dependerá da agilidade com que forem capazes de desenvolver a experiência do cliente”, afirma Anirban Bose, CEO Financial Services da Capgemini e membro do conselho executivo do grupo. Grupo Capgemini.

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