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Ministério Público abre investigação a André Ventura por incitação ao ódio e violência

Além do presidente do Chega, também o líder parlamentar do partido, Pedro Pinto, e o assessor do Chega no Parlamento, Ricardo Reis, também terão sido incluídos nesta investigação, de acordo com o canal noticioso.
O deputado do Chega André Ventura intervém no debate parlamentar sobre os diplomas do PS, PAN, IL e Cristina Rodrigues, sobre ordens profissionais, esta tarde na Assembleia da República, em Lisboa, 13 de outubro de 2021. MIGUEL A. LOPES/LUSA
25 Outubro 2024, 16h49

O Ministério Público abriu uma investigação a André Ventura por declarações suscetíveis de serem consideradas como de incitamento ao ódio e violência, de acordo com informação avançada pela “CNN Portugal” esta sexta-feira.

Avança a “CNN Portugal” que em causa estão declarações públicas relacionadas com a morte de Odair Moniz e com os desacatos na Área Metropolitana de Lisboa.

De acordo com a PGR, o inquérito corre termos no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional de Lisboa.

Além do presidente do Chega, também o líder parlamentar do partido, Pedro Pinto, e o assessor do Chega no Parlamento, Ricardo Reis, também terão sido incluídos nesta investigação, de acordo com o canal noticioso.

Relativamente a André Ventura, o líder do Chega manifestou-se contra o facto do agente da PSP que baleou e matou um homem na Cova da Moura ter sido constituído arguido. O bairro do Zambujal, localizado na Cova da Moura, tem estado no centro das notícias em Portugal por conta dos vários desacatos.

Num vídeo partilhado nas redes sociais, André Ventura disse que “não devíamos constituir este homem arguido, devíamos agradecer a este polícia o trabalho que fez de parar um criminoso que estava disponível com armas brancas para atacar polícias”.

Já o líder parlamentar do Chega, Pedro Pinto, disse na “RTP3” que “se a polícia atirasse mais a matar, o país estava na ordem”. André Ventura apoiou as declarações do seu líder parlamentar e, ao canal Now, reforçou: “Se a polícia tiver de entrar a matar, tem de entrar a matar”.

Por fim, Ricardo Reis, o assessor parlamentar do Chega, utilizou as redes sociais para escrever, relativamente ao assassinato de Odair Moniz: “Menos um eleitor do Bloco”. O também delegado do Chega apagou entretanto o perfil das redes sociais.

Um grupo de cidadãos apresentou queixa-crime em que acusa André Ventura e Pedro Pinto de instigar à prática de crime, apologia da prática de crime e incitamento à desobediência coletiva. Estes subscritores entendem que o Chega quer estimular ações de revolta dentro das forças de segurança e incentivar os agentes a utilizar indevidamente as suas armas.

 

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