A ministra da Saúde assumiu, esta manhã, “total responsabilidade pelo que correu menos bem” no dia 4 de novembro, que ficou marcado por duas greves no INEM, afastando, contudo, qualquer intenção de apresentar a sua demissão, como foi reclamado por alguns partidos.
No Parlamento, Ana Paula Martins comprometeu-se, imediatamente a seguir a essa assunção, a “executar as medidas necessárias à refundação do INEM”, alertando que o INEM “esteve praticamente abandonado, apesar dos avisos” dos trabalhadores.
Segundo a governante, foram já ordenados inquéritos para “apurar responsabilidade” e clarificar dúvidas sobre se “houve relação entre os acontecimentos fatais e a falta ou atraso de meios de socorro e emergência”.
“Não fujo, não minto e não me escondo. Saberei sempre interpretar a minha capacidade de liderar este processo e de garantir ao INEM o lugar que ele merece”, afirmou.
“Temos de ter uma visão e uma ambição para o INEM. Desde que o Governo tomou posse, foram dados passos na refundação e reorganização do INEM”, disse Ana Paula Martins, assegurando que o Governo “tem feito um esforço para reabilitar o INEM nos últimos seis meses, reforçando meios humanos através da abertura de um concurso para 200 técnicos até ao final do ano e um segundo para mais 200 no início do ano”.
De acordo com a ministra, entre 2023 e 2024 “houve uma diminuição significativa de técnicos”. “Temos hoje menos 483 técnicos relativamente ao previsto, que deviam ser 1341. Também os enfermeiros e os médicos a trabalhar no INEM não têm condições de atratividade, que importa acautelar proximamente”, fez saber a governante.
No dia 7 de novembro, o Governo assinou “o primeiro acordo de sempre do sindicato”, disse, acrescentando que, no dia 22 de novembro, irá decorrer a reunião para início das negociações, com a grelha salarial em foco.
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