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Ministra da Saúde está a “apontar na direção certa” com retoma das PPP, refere Luís Filipe Pereira

O ex-ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira, esteve presente no evento Cascais International Health Forum, onde defendeu, mais uma vez, as parcerias público-privadas, referindo que estas “provaram que é possível melhorar o acesso, diminuir listas de espera, com custos muito mais baixos”.
3 Junho 2024, 07h30

O ex-ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira, ‘criador’ das parcerias público-privadas (PPP), continua a defender que estas são uma solução para os desafios que o sector da saúde enfrenta, afirmando, depois da ministra da saúde ter deixado a ‘porta aberta’ à retoma destas, que “a ministra está a apontar na direção certa e que finalmente temos um Governo que tem as prioridades como devem ser colocadas”.

No entanto, alguns grupos privados já afirmaram que não teriam interesse em retomar as PPP, depois de terem sido descontinuadas pelos governos socialistas. Luís Filipe Pereira refere que “se a desconfiança (sobre as PPP) desaparecer e se houver condições de negociação, para o lado do Governo e para o lado dos privados, estou convencido que eles (privados) aparecerão”.

O ex-ministro, que marcou presença no evento Cascais International Health Forum na sexta-feira, afirma que “se os concursos e as propostas forem feitos num clima de mútua confiança, como alias foi no passado”, torna-se viável o regresso das parcerias público-privadas.

“As PPP provaram que é possível melhorar o acesso, diminuir listas de espera, com custos muito mais baixos, e isto é o Tribunal de Contas quem o diz, portanto porque não fazê-lo”, questiona Luís Filipe Pereira.

“Os privados estão sempre interessados em aumentar a sua atividade, mas não como nestes últimos anos em que havia desconfiança”, garante o ex-ministro, sublinhando ainda que “os privados são tão importantes como o sector público”.

“Devemos ter um sistema em que temos o sector público, o sector privado e o sector social, e contratualizando no sector público e privado os resultados para a população, eu posso contratualizar com o sector privado e impor resultados. Só lhe pago se isto for atingindo, e isto acaba por se revelar muito mais barato, muito mais eficiente, com satisfação das pessoas, que não têm culpa do Estado não resolver”, declara Luís Filipe Pereira.

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