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Ministro da Defesa de Israel em Washington para debater Gaza e o Líbano

Yoav Gallant quer perceber até que ponto a administração Biden estaria disposta a apoiar Israel no quadro de uma guerra contra o Hezbollah. Ou seja: Israel pode estar a preparar nova invasão do Líbano.
Hamas Israel Médio Oriente
24 Junho 2024, 07h30

O ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, viajou este domingo para Washington para discutir a próxima fase da guerra em Gaza e a escalada das hostilidades na fronteira com o Líbano, onde as escaramuças com o Hezbollah alimentaram receios de um conflito mais alargado.

“Estamos preparados para qualquer ação que possa ser necessária em Gaza, no Líbano e em mais áreas”, disse Gallant em comunicado antes de partir para Washington, tendo informado que se reuniria com seu homólogo Lloyd Austin e com o secretário de Estado Antony Blinken.

No início de junho, o Hezbollah atacou cidades e locais militares israelitas, aumentando a cadência dos combates na fronteira norte de Israel – que se reacenderam desde 7 de outubro. À medida a que as escaramuças se tornam cada vez mais graves, o governo israelita decidiu que o Líbano pode ser outra frente de guerra em curso em paralelo com a guerra na faixa de Gaza.

O enviado dos Estados Unidos, Amos Hochstein, visitou Israel e o Líbano na semana passada numa tentativa de acalmar a tensão entre os dois países. As duas frentes de guerra não podem estar dissociadas uma da outra. “A transição para a Fase C em Gaza é de grande importância. Discutirei essa transição com autoridades dos EUA, como isso pode permitir ações adicionais e sei que alcançaremos uma cooperação estreita com os norte-americanos nesta questão também”, disse Gallant. Dito de outra forma: reduzir as operações em Gaza liberaria forças para enfrentar o Hezbollah, se Israel lançasse uma ofensiva terrestre ou intensificasse os seus bombardeamentos aéreos.

Entretanto, uma fonte não identificada disse à CNN que, em reuniões com autoridades israelitas nos últimos dias, altos funcionários dos Estados Unidos disseram que Washington apoiaria incondicionalmente Israel em caso de uma guerra total. Gallant estará por certo em Washington opara verificar se isso é ou não verdade.

Mas nem tudo o que vem do Líbano é função do Hezbollah. Segundo o jornal israelita “The Times of Israel”, há no terreno outro grupo: o Jama’a, uma fação sunita que faz parte da rede política mais ampla da Irmandade Muçulmana (em tempos muito ativa no Egipto e que a Turquia apoia). O braço armado de Jama’a, as Forças al-Fajr, tem atacado repetidamente Israel a partir do Líbano, muitas vezes trabalhando em conjunto com o Hezbollah xiita.

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