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Ministro das Finanças de Cabo Verde garante que fundo soberano estará operacional em 2020

O processo de montagem do fundo soberano de 90 milhões de euros está em curso e o mesmo deve estar operacional ainda este ano, garantiu o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças cabo-verdiano.
23 Janeiro 2020, 12h05

O processo de montagem do fundo soberano de Cabo Verde, com 90 milhões de euros, está em curso e o mesmo deve estar operacional ainda este ano, garantiu o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças cabo-verdiano, Olavo Correia.

“Estamos a trabalhar a todo vapor, todos os dias para começar a funcionar para que os grandes projetos estruturantes em Cabo Verde possam ter acesso a financiamento e possamos criar oportunidade de emprego em todo Cabo Verde, nos mais diversos setores nomeadamente turismo, pesca, indústria, tecnologias, transportes marítimos, aéreos e fazer de Cabo Verde um país desenvolvido e de oportunidade”, disse.

O governante, que falava aos jornalistas no final de uma visita ao Centro de Emprego e Formação Profissional da Praia, lembrou que o fundo de garantia parcial de 10 milhões de dólares (cerca de 9 milhões de euros) já está a funcionar.

“Só no ano passado investimos mais de um milhão de contos ao abrigo do ecossistema. Muita gente diz que não é nada, mas são 10 milhões de euros de financiamento que foi concedido ao abrigo do ecossistema. Várias empresas estão a investir, a aumentar o seu negócio ao abrigo do ecossistema”, disse.

Para 2020, adiantou que a intenção do Governo local, e de acordo com aquilo que está previsto no Orçamento do Estado, é de colocar à disposição dos empresários cabo-verdianos cinco milhões de contos que podem aceder através do crédito.

“São cinco vezes mais, mínimo, para que possamos criar as condições empresariais para que as empresas possam criar oportunidade de emprego para os jovens cabo-verdianos em todas as ilhas de Cabo Verde”, disse.

O fundo soberano é de 90 milhões de euros que, acrescidos dos cerca de 9 milhões de euros do fundo de garantia parcial, faz quase 100 milhões de euros, que podem ser alavancados cinco vezes mais, conforme perspetiva o ministro das Finanças.

“Podemos ter um fundo total de mais de 500 milhões de euros à disposição da economia cabo-verdiana. Um montante nunca visto em Cabo Verde. Mas o dinheiro que existe não é para ser dado. Quem tiver bons projetos, quiser criar valor, quer tiver projetos bancáveis deve recorrer ao banco e nós podemos entrar como entidade supletivamente para viabilizar o investimento”, explicou.

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