O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, considera que a venda do Novobanco aos franceses do BPCE evita a concentração excessiva do sistema bancário português nas mãos de entidades espanholas, quando o La Caixa, dono do BPI, foi o candidato preterido na operação.
Joaquim Miranda Sarmento falava na cerimónia de assinatura dos acordos de venda da participação conjunta de 25% da Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) e do Fundo de Resolução (FdR) no capital do Novobanco
“Conforme sempre foi defendido por este Governo, esta operação reforça a diversificação do sistema bancário nacional, evitando concentrações excessivas e assegurando o equilíbrio e a competitividade do mercado financeiro português”, afirmou.
“Consegue assegurar uma recuperação significativa dos fundos públicos utilizados na reestruturação do Novobanco”, enfatizou.
O FdR, com 13,54% do capital, e o Tesouro, com 11,46%, estavam vinculados a uma cláusula de venda obrigatória (drag-along), nas mesmas condições em que a norte-americana Lone Star Funds vendeu a sua posição de 75% do quarto banco português ao BPCE. O negócio garante ao Estado português pelo menos 1.686 milhões de euros.
“A venda das participações no Novobanco, associada à distribuição de dividendos que ocorreu este ano, permite ao Estado recuperar quase dois mil milhões de euros dos fundos injetados na instituição”, salientou Miranda Sarmento.
Como antes tinha referido o CEO do BPCE, o ministro das Finanças também apontou que esta operação “representa um sinal de confiança” no país, na economia portuguesa e no “sistema financeiro nacional”.
“Será uma mais-valia no apoio ao financiamento aos cidadãos e às empresas portuguesas”, acrescentou.
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