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Minnesota: Estado governado por Tim Walz supera EUA com menos inflação e desemprego e mais rendimento individual

No ângulo económico, o governador do Minnesota desde 2019, o escolhido para acompanhar Kamala Harris na corrida à Casa Branca, é apelidado de “campeão” das políticas económicas progressivas. Os resultados estão à vista em vários indicadores com a criação de emprego a ser a “pedra no sapato” do democrata.
Governador Tim Walz
7 Agosto 2024, 13h13

Tim Walz, governador do Estado de Minnesota, foi o escolhido de Kamala Harris para candidato democrata a vice-presidente dos EUA e a “Reuters” analisou os indicadores económicos deste Estado norte-americano: desemprego, rendimento individual e inflação são indicadores que impressionam, sobretudo se comparados com os números a nível nacional.

Em janeiro de 2019, Tim Walz tornou-se governador do Minnesota, estado da região dos Grandes Lagos, que faz fronteira com o Canadá. Quase um ano depois, foi obrigado a lidar com duas grandes crises: a pandemia de covid-19 e a morte do afro-americano George Floyd, asfixiado enquanto estava sob custódia policial.

Por causa deste episódio, Minneapolis, a maior cidade do estado do Minnesota, foi o epicentro de um enorme movimento de manifestações antirracistas que abalaram a América durante vários meses. Os republicanos acusam este governador de ser demasiado negligente na gestão do crime, enquanto os democratas, pelo contrário, elogiam o seu historial na proteção do direito ao aborto.

No ângulo económico, Tim Walz é apelidado de “campeão” das políticas económicas progressivas com a adoção de medidas como a distribuição universal de refeições escolares, metas para combater as alterações climáticas, cortes de impostos para a classe média e alargamento das licenças remuneradas para os trabalhadores do Minnesota.

No que diz respeito ao crescimento da economia, a “Reuters” destaca que o Estado que Tim Walz governa desde 2019 tem mantido a tendência de subida a nível nacional, de acordo com os dados do U.S. Bureau of Economic Analysis. Com a recuperação pós-Covid, que se iniciou no segundo trimestre de 2020, o crescimento económico estadual atrasou-se face aos números registados a nível nacional, numa diferença de 5,5 p. p. (11,5% nos EUA e 6,2% no Estado do Minnesota.

Na criação de emprego está o “calcanhar de Aquiles” de Tim Walz com o Estado que governa a não acompanhar o ritmo nacional e a não recuperar os empregos que foram perdidos na altura da pandemia, de acordo com o Bureau of Labor Statistics. Desde essa altura foram criados 14.700 empregos, um crescimento de 0,5% que está muito longe do dado nacional: 5,8%. O Minnesota é um dos doze Estados dos EUA que ainda não recuperou a totalidade de empregos perdidos durante a pandemia.

No desemprego, a tendência no Estado é para se manter sempre abaixo dos dados a nível nacional: foi assim na altura da pandemia e também a partir do momento em que se iniciou a recuperação económica. Na primavera de 2020, o Minnesota viu disparar a taxa de desemprego para 11,2% e mesmo assim ficou 3,6% abaixo da taxa de desemprego nacional. Atualmente, este indicador está em 4,1% nos EUA e substancialmente mais baixo no Minnesota: 2,9%.

Em relação ao rendimento individual, o Estado liderado por Tim Walz acompanha por inteiro a recuperação que se tem verificado a nível nacional: durante o mandato do agora candidato a vice-presidente dos EUA pelos democratas, o rendimento individual no Estado foi de 30%, ligeiramente mais baixo do que o registo a nível nacional: 30,3%.

Por fim, um dos dados que mais preocupa os responsáveis pela política monetária e que de resto tem motivado todas as decisões da Fed nos últimos meses: a inflação. O crescimento da inflação foi atenuado com mais rapidez no Minnesota do que no resto do país. Atualmente, os EUA apresentam uma taxa de inflação de 3,3% enquanto o Estado governado por Tim Walz encontra-se nos 2,6%.

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