Tem 40 anos, nasceu nos Estados Unidos e viveu na Síria, no Líbano, no Egipto – três dos mais encarniçados inimigos de longa data de Israel – e na Tunísia, e em 2005 obteve um bacharelato na Universidade de Nova Iorque em Estudos do Médio Oriente e Islâmicos. Katherine Maher foi a mulher escolhida para substituir Paddy Cosgrave no cargo de CEO da Web Summit – a poucos dias de mais uma vez subir aos palcos em Lisboa e no meio de uma crise que a colocou em risco.
Sempre que um dos grandes patrocinadores da Web Summit espirra, a organização entra em pânico – dando mostras do seu elevado grau de dependência dos financiadores mais importantes – mas desta vez as coisas terão ido um pouco longe demais. O antecessor de Maher, Paddy Cosgrave, foi afastado (ou afastou-se a si próprio, como a organização prefere para narrativa) depois de ter sido considerado culpado de um crime de opinião. Já antes se tinha percebido que a Web Summit não é propriamente um lugar de liberdade – aliás, nem sequer tem de ser – mas também já se tinha percebido que a forma de a organização gerir crises é quase sempre atabalhoada e deixa um lastro de dúvidas. Isso mesmo ficou bem claro há uns anos atrás a propósito de um convite a Marine Le Pen para passar por Lisboa para fazer um número qualquer.
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