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Mobilidade? “O comboio é mesmo o futuro”, garante ministro das Infraestruturas

“Nós vamos investir na ferrovia em Portugal. Nós temos toda a capacidade, entre Estado, CP, EMEF, academia, universidade e setor privado, para conseguirmos dar um grande contributo para este esforço, que é: novos comboios, mais comboios a circular em Portugal”, afirmou Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas.
Pedro Nuno Santos
26 Julho 2019, 17h27

O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, assegurou esta sexta-feira, 26 de julho, que o investimento na ferrovia é uma “das maiores apostas” do Governo e que deve continuar a ser feita no futuro.

Segundo o ministro das Infraestruturas, atualmente fala-se muito em mobilidade elétrica, mas são os comboios que permitem “chegar às cidades sem ser de automóvel” e permitem “ligar a extensas regiões” do país. “E, por isso, o comboio é mesmo o futuro, a ferrovia é mesmo o futuro”, tendo também em conta a ligação a Espanha e à Europa, observou.

O governante referiu ainda que a ferrovia é encarada como meio de transporte de mercadorias e de passageiros: “Nós não queremos ter apenas uma ferrovia para transportar vagões e mercadorias. Nós queremos que as pessoas, que os cidadãos portugueses e europeus, usem também a ferrovia”.

O ministro realçou ainda a importância da ferrovia para o turismo, mas alertou que o país ainda não explora o turismo ferroviário. “Nós ainda não exploramos como deve ser o turismo ferroviário” no Douro, no Alentejo e na Beira Interior, apontou.

No seu discurso, Pedro Nuno Santos, falou também do material circulante, indicando que muitas composições e carruagens, que estavam “encostadas”, vão ser recuperadas. No futuro, com o investimento em comboios, propõe que a indústria, a tecnologia e a academia nacional têm que participar “neste esforço”.

“Nós vamos investir na ferrovia em Portugal. Nós temos toda a capacidade, entre Estado, CP, EMEF (Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário), academia, universidade e setor privado, para conseguirmos dar um grande contributo para este esforço, que é: novos comboios, mais comboios a circular em Portugal”, afirmou. Assumiu também que os novos comboios “podem ser desenvolvidos e, na sua grande maioria, feitos em Portugal”.

Pedro Nuno Santos presidiu a cerimónia de consignação da obra do troço da linha da Beira Alta, entre Guarda e Cerdeira, que se vai estender ao longo de 14 quilómetros e representa um investimento de 8,7 milhões de euros. Além desta obra, foi também lançado o concurso da empreitada do troço Pampilhosa-Santa Comba Dão e a construção da Concordância da Mealhada, cujo valor se fixou em 66 milhões de euros.

O vice-presidente da Infraestruturas de Portugal, Carlos Fernandes, referiu que este investimentos se inserem no programa Ferrovia 2020 e, quando estiverem concretizadas, permitirão retirar camiões das estradas. Atualmente, já são retirados 500 camiões das estradas e prevê-se que esse número “vai mais do que duplicar”. “Este é um ganho tremendo para o país”, disse o ministro aos jornalistas, no final da sessão.

O presidente da Câmara Municipal da Guarda, Carlos Chaves Monteiro, disse que a obra “é um grande projeto para a Guarda, para o país e também para a Europa”.

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