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Moção de censura do CDS chumbada apesar do apoio do PSD

Os sociais-democratas juntaram-se aos democratas-cristãos para apoiar a iniciativa de censurar o Executivo socialista, mas ainda assim não reuniram votos suficiente para fazer aprovar a moção de censura na Assembleia da República.
Cristina Bernardo
20 Fevereiro 2019, 18h35

A moção de censura ao Governo apresentada pelo CDS foi esta quarta-feira chumbada, com o votos contra do PCP, BE, PEV e PAN. Os sociais-democratas juntaram-se aos democratas-cristãos para apoiar a iniciativa de censurar o Executivo socialista, mas ainda assim não reuniram votos suficiente para fazer aprovar a moção de censura na Assembleia da República.

A iniciativa do CDS de censurar o Governo foi chumbada com 115 votos contra e 103 a favor. Presentes em plenário, para votar a moção de censura, estiveram 222 dos 230 deputados da Assembleia da República. O deputado não inscrito Paulo Trigo Pereira votou também contra a moção de censura. Não houve nenhum deputado a abster-se.

A moção de censura, “Recuperar o Futuro”, contestava a degradação dos serviços públicos, sobretudo no setor da saúde. Na abertura do debate da iniciativa apresentada, a líder do CDS, Assunção Cristas, acusou o “Governo das esquerdas unidas” de estar “a fazer escolhas profundamente erradas para o país” e afirmou que “os portugueses estão frustrados com um Governo que enganou muitos com a fábula do fim da austeridade”.

Em resposta à líder democrata-cristã, António Costa afirmou que “esta moção nada tem a ver com a disputa do Governo, mas com a medição de forças na oposição”: “O artificialismo desta iniciativa fica bem patente nos fundamentos da moção de censura, em que o CDS se pretende apresentar como um porta-voz das lutas sindicais que sempre combateu, como campeão do investimento público que sempre diabolizou e como guardião do SNS contra o qual votou e nunca desistiu de querer destruir”.

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