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Montante médio do crédito à habitação atinge máximo anual em setembro

O montante médio do crédito à habitação atingiu 202.477 € em setembro de 2025, o valor mais alto do ano. Em comparação com 2024, o aumento supera os 20%, refletindo maior confiança das famílias e estabilidade nas taxas, segundo Pedro Castro, do ComparaJá.
habitação
10 Outubro 2025, 12h04

O valor médio dos novos créditos à habitação cresceu 4% no terceiro trimestre e alcançou o patamar mais alto do ano, fixando-se nos 202.477 euros em setembro. A subida reflete uma recuperação da confiança dos consumidores e uma maior estabilidade nas taxas de juro.

O terceiro trimestre de 2025 confirmou a retoma do mercado de crédito à habitação em Portugal. Entre julho e setembro, o montante médio concedido pelos bancos voltou a subir, atingindo em setembro o valor mais elevado do ano: 202.477 euros. O crescimento face ao trimestre anterior ronda os 4%, passando de uma média próxima dos 185 mil euros para valores acima dos 190 mil euros.

Face ao mesmo período de 2024, a evolução é ainda mais expressiva. Em agosto e setembro do ano passado, os montantes médios situavam-se nos 152.800 € e 167.100 €, respetivamente,  um aumento anual superior a 20%, que evidencia um mercado mais confiante e um ligeiro reforço do poder de compra das famílias.

 

Fonte: Análise de mercado sobre crédito habitação do ComparaJá.

Os prazos médios também registaram alguma oscilação durante o trimestre, variando entre 30 anos em agosto, 32 anos em julho e 33 anos em setembro, o que mostra que as famílias continuam a alongar a duração dos contratos para equilibrar as prestações mensais e a sua capacidade financeira.

Segundo Pedro Castro, Head de Operations de Crédito Habitação no ComparaJá, “este crescimento no montante médio reflete não apenas a recuperação da procura, mas também a estabilização das condições de crédito. As famílias voltam a olhar para a compra de casa com maior confiança, apoiadas por taxas mais previsíveis e uma maior competitividade entre bancos.

Em suma, a evolução positiva do montante médio em 2025 reforça a perceção de que o mercado imobiliário português está a atravessar uma fase de ajustamento saudável, sustentado por uma procura consistente e por sinais de normalização no custo do financiamento.


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