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Montenegro: “Solverde? Há 18 milhões de razões para acreditar que não me deixo influenciar”

O primeiro-ministro explicou no Parlamento que este Governo tomou uma decisão que impediu a Solverde de receber 18 milhões de euros de compensação por não ter tido atividade durante a pandemia.
5 Março 2025, 16h59

O primeiro-ministro Luís Montenegro defendeu esta quarta-feira, no debate referente à moção de censura, que os portugueses têm 18 milhões de razões para acreditar que o chefe de Governo não se deixa influenciar.

O governante contou a história em breves minutos e a mesma diz respeito à Solverde, um dos clientes fixos da empresa familiar de Luís Montenegro: “Havia um processo de reequilíbrio financeiro da concessão quando todas as concessionárias, entre as quais a Solverde, foram confrontadas com o encerramento da atividade por força do Covid e com o pedido de uma compensação”, referiu.

“Houve um acordo e aí houve uma decisão de remeter para o Tribunal Arbitral as pendências que vinham de trás e uma dessas pendências era com a Solverde. O Tribunal Arbitral decidiu em julho do ano passado, já com este Governo, atribuir uma indemnização de 15 milhões de euros à Solverde, sendo que com os juros isto iria até aos 18 milhões de euros”.

“O Estado, com a anuência deste Governo, decidiu interpor recurso e o primeiro-ministro não teve qualquer intervenção. No âmbito desse recurso, o Supremo Tribunal Administrativo julgou revogar a decisão arbitral”, realçou o primeiro-ministro.

Concluiu Luís Montenegro numa mensagem dirigida aos portugueses: “Quero dizer-lhes: há 18 milhões de razões para acreditar que o primeiro-ministro não se deixa influenciar por nenhum interesse”.

O primeiro-ministro anunciou hoje que o Governo avançará com a proposta de uma moção de confiança ao executivo pelo parlamento, “não tendo ficado claro” que os partidos dão ao executivo condições para continuar.

“Avançaremos para a última oportunidade de o fazer que é a aprovação de um voto de confiança”, afirmou Luís Montenegro , na Assembleia da República, na abertura do debate da moção de censura ao Governo apresentada pelo PCP para “travar a degradação da situação nacional, 12 dias de responder a outra do Chega, com origem na situação da empresa familiar do primeiro-ministro.

Montenegro defendeu que “o país não pode ficar prisioneiro do egoísmo e do taticismo dos responsáveis da oposição”.

“Não estamos disponíveis para aqui estar na atmosfera das insinuações e intrigas permanentes que só têm um objetivo: a degradação da vida política e governativa com a pretensão de daí tirar dividendos partidários ou mesmo individuais para a concreta situação dos responsáveis dos partidos das oposições”, acusou.

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