A visita de Luís Montenegro ao Japão, que se inicia hoje em Tóquio com uma reunião com o primeiro-ministro Shigeru Ishiba, tem como objetivo captar investimento para Portugal, mas também tornar este país asiático uma base não só de exportação portuguesa, mas também da internacionalização das empresas nacionais – há mil empresas que exportam diretamente bens para o mercado nipónico – enquanto o tecido empresarial japonês conta com pouco mais de 100 empresas em Portugal, nas áreas da agricultura, indústria, energia, tecnologia e ciência. Em 2024, o Japão foi o 31.º cliente de bens de Portugal e o 30.º fornecedor. A balança comercial é deficitária para Portugal em 210 milhões de euros e as trocas de bens assentam em mais de 97% em produtos industriais transformados (automóveis e metais comuns).
Entre os setores com maior potencial identificados para as empresas portuguesas encontram-se o agroalimentar, a tecnologia e inovação, as energias renováveis, e a saúde e bem-estar. Além disso, está também em estudo uma parceria na área do espaço entre o CEiiA (Centro de Engenharia e Desenvolvimento, em Matosinhos) e uma empresa japonesa. A visita inclui também encontros com empresários japoneses numa clara aposta na atração de investimento qualificado e na internacionalização da economia portuguesa. O principal objetivo da viagem é divulgar Portugal em áreas onde os japoneses têm grande interesse em investir, como as energias renováveis, biocombustíveis ou economia azul.
O programa inclui uma conferência de imprensa conjunta, um encontro no Keidanren (Federação Empresarial Japonesa), com a participação de altos representantes de empresas multinacionais japonesas, bem como um encontro com os atletas portugueses que participam no Campeonato Mundial de Atletismo. A deslocação termina em Osaka, dia 12, com a visita ao Pavilhão de Portugal na Expo 2025, subordinado ao tema “Oceano: Diálogo Azul” – A presença portuguesa na Expo Osaka representa um passo estratégico no posicionamento de Portugal como uma plataforma global de comércio e investimento.
A passagem de Luís Montenegro por Macau aconteceu ontem, após a visita a Pequim, onde o primeiro-ministro português foi recebido pelo Presidente chinês, Xi Jinping. Nesta Região, o governante reuniu-se com o Chefe do Executivo, Sam Hou-fai, visitou a Escola Portuguesa e ofereceu uma receção à comunidade portuguesa, na Residência do Consulado-Geral de Portugal.
Macau representa 90% do investimento direto português na China e foi o 12.º destino do investimento direto no exterior português, recebendo quase 1,1 mil milhões de euros em 2023, enquanto o interior da China recebeu 55 milhões de euros. O investimento português foi realizado sobretudo em áreas como a farmacêutica, banca, finanças, seguros e produtos alimentares. “Energias renováveis, veículos elétricos, baterias, armazenamento de energia, tecnologias associadas ao 5G e a inteligência artificial são áreas em que Portugal deve dar a mão e aproveitar o facto de termos Macau como ponte”, sublinhou o primeiro-ministro português.
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