[weglot_switcher]

Montepio retira Finibanco Angola dos ativos à venda e inclui Montepio Valor e Banco Montepio Geral Cabo Verde

Nas contas de 2020 o Banco Montepio assume que o Finibanco Angola deixou de ser uma operação em descontinuação para voltar novamente a consolidar pelo método contabilístico normal. Logo é como se já tivesse desistido da venda. Por outro lado, o Montepio Valor é o Banco Montepio Geral Cabo Verde passaram a ser operações em descontinuação porque foi decidido alienar estes ativos.
19 Fevereiro 2021, 18h02

O Banco Montepio mudou a forma de contabilização do Finibanco Angola nas contas, uma vez que a venda, cinco anos anos depois de as negociações terem sido desencadeadas, não se concretizou.

Pelo que a administração do banco teve de alterar a forma como contabiliza esta subsidiária, ou seja, o Finibanco Angola deixou de ser uma operação em descontinuação para voltar novamente a consolidar pelo método contabilístico normal. Logo, é como se o Banco Montepio já tivesse desistido da venda.

Por outro lado, o Montepio Valor é o Banco Montepio Geral Cabo Verde passaram a ser operações em descontinuação porque foi decidido alienar estas participações.

“No âmbito das deliberações tomadas pelos Órgãos de Gestão e de Administração, as subsidiárias Montepio Valor e Banco Montepio Geral Cabo Verde passaram a ser classificadas nas demonstrações financeiras de 2020 em ativos não correntes detidos para venda – operações em descontinuação, em conformidade com o estipulado pela IFRS 5, tendo o Finibanco Angola deixado de reunir as condições previstas nesta norma. Neste contexto, os períodos anteriores a dezembro de 2020 foram reexpressos para serem comparáveis”, explica o banco liderado por Pedro Leitão no comunicado de apresentação de resultados onde a instituição registou prejuízos de 80,7 milhões.

A tentativa de venda do Finibanco Angola remonta a agosto de 2015 o grupo Montepio anunciava o inicio de um processo de desinvestimento no Finibanco Angola, alienando 30% da posição na instituição africana ao banqueiro Mário Palhares (líder do BNI) e reduzindo a presença para 51% do capital naquele banco.

Depois, o Banco Montepio anunciou em maio de 2019 que iniciou negociações para avançar com uma fusão entre o Banco de Negócios Internacional (BNI) Angola e o Finibanco Angola.

No relatório e contas do Banco Montepio de 2019 era dito que “no âmbito da redefinição estratégica das participações internacionais, e com vista a recentrar a abordagem para o mercado africano, encontra-se em curso um conjunto de diligências com vista à desconsolidação da participada Finibanco Angola, na qual com referência 31 de dezembro de 2019 o Grupo Banco Montepio detinha o controlo e uma participação efetiva de 80,22%”.

Mas nas contas de 2020 essa expectativa desapareceu do horizonte.

Fonte oficial do BNI Angola não quis fazer comentários.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.