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Montepio vai comprar casas para arrendar aos associados

O orçamento anual pode variar entre os 25-100 milhões de euros. Associação Mutualista prevê agilizar mecanismo até ao final do ano. Instituição também admite regressar à construção de habitação.
© Cristina Bernardo
3 Junho 2024, 16h30

A Associação Mutualista Montepio vai comprar casas para arrendar aos seus associados, anunciou hoje o presidente da instituição, Virgílio Lima. O objetivo é dar resposta à crise de habitação no país. Mais tarde, existirá a possibilidade de os associados comprarem estas casas.

O orçamento anual pode variar entre os 25-100 milhões de euros, com a instituição a prever agilizar o mecanismo até ao final deste ano.

Virgílio Lima coloca a hipótese da própria AM construir também casas para arrendar, recordando que no passado a instituição já construiu habitação. No entanto, considera que esta solução tem o problema de não dar resposta aos associados em todo o país.

“Para que os restantes associados não sejam discriminados, vamos nós próprios comprar para arrendar aos associados”, afirmou.

“Poderemos em cada ano definir um montante que estimamos entre 25 a 100 milhões, em função da evolução. Pode parecer um valor pouco relevante, mas aos fim de 5/10 anos é um valor substancial”, segundo o gestor.

“Estamos a preparar neste momento uma aprovação do regulamento de benefícios. Depois da tutela nos dar o OK, uma vez aprovado, deverá ocorrer três a quatro meses para termos condições. Até ao final do ano. Já foi apresentado na assembleia. Depois da tutela, fará uma apreciação definitiva, vai à assembleia para uma homologação”, explicou Virgílio Lima.

O grupo Montepio registou uma subida dos lucros dos 85,2 milhões para os 94,7 milhões de euros, mais 11,2%, anunciou hoje a instituição.

Esta subida aconteceu à boleia do aumento da margem financeira em 55% para 461 milhões de euros, “beneficiando do aumento das taxas de juro de mercado, com o principal contributo dos juros e rendimentos similares, no qual se destaca o peso dos juros de crédito”, segundo o documento distribuído aos jornalistas.

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