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Moody’s sobe rating da Brisa Concessão Rodoviária

A “BCR”, que é a principal gestora de concessões rodoviárias do grupo Brisa, informou esta terça-feira, 21 de setembro, que a agência de rating Moody’s Investors Service reviu em alta a notação de rating da BCR.
21 Setembro 2021, 15h17

A agência de notação de risco Moody’s elevou o rating da BCR – Brisa Concessão Rodoviária para “Baa1” com Outlook “Estável”, de acordo com a informação divulgada pela Brisa junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o que reflete igualmente a perspetiva de melhoria no nível de tráfego que circula nas autoestradas e consequentemente um potencial aumento das respetivas cobranças de portagens.

A “BCR”, que é a principal gestora de concessões rodoviárias do grupo Brisa, informou esta terça-feira, 21 de setembro, que a agência de rating Moody’s Investors Service reviu em alta a notação de rating da BCR, passando de “Baa2” para “Baa1”, esclarecendo ainda que a Moody’s mantém o outlook da “BCR” em “estável”.

Esta revisão em alta da Moody’s relativamente ao rating da “BCR” “foi tomada na sequência do upgrade efetuado à República Portuguesa, conjugado com a elevada resiliência financeira demonstrada pela ‘BCR’ face às perdas acentuadas de tráfego decorrentes das restrições à mobilidade provocadas pela pandemia da COVID-19”, refere a Brisa.

Recorde-se que entre 2017 e 2019 as receitas das concessões rodoviárias totalizaram 6,2 mil milhões de euros, sendo 54% deste montante referente a portagens e 31% à Contribuição do Serviço Rodoviário (CSR), refere o regulador do setor rodoviário, a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).

No seu relatório sobre as concessões, a AMT explicou que “as receitas do setor, excluindo os pagamentos da IP [Infraestruturas de Portugal] às concessionárias e subconcessionárias, ascenderam a 2,2 mil milhões de euros em 2019 e a 6,2 mil milhões entre 2017 e 2019” e que “essas receitas provieram, maioritariamente, de portagens (que totalizaram 54% do montante referido em 2019) e da Contribuição do Serviço Rodoviário – CSR (correspondente a 31%)”.

A Rede Nacional de Autoestradas (RNA) apresentava, em 2019, uma extensão total de 3.065km, dos quais 2.559km (83%) concessionados a empresas privadas, 204km (7%) sob gestão direta da IP e os restantes 302km (10%) subconcessionados por esta a empresas privadas. “A rede é composta por 36 diferentes autoestradas, que contêm maioritariamente duas vias em cada sentido (82%), podendo determinados lanços (ou autoestradas completas) conter três vias (17%) ou até quatro vias (cerca de 1%) por sentido”, refere a AMT.

O regulador recorda igualmente que “a grande maioria das autoestradas nacionais são portajadas (83% da extensão da RNA), coexistindo dois sistemas de portagem distintos: as portagens tradicionais (52%) ou o sistema exclusivamente eletrónico (vulgo “pórticos”, 31%). Não obstante, toda a rede está coberta por um sistema de cobrança eletrónica de portagens – o sistema Via Verde – sendo que em todas as praças/barreiras de portagem tradicionais existe pelo menos uma via dedicada à cobrança eletrónica”.

“A maior parte dos contratos de concessão do Estado e de subconcessão em vigor têm prazos contratuais de 30 anos, sendo que os respetivos termos irão ocorrer entre os anos de 2028 e 2040. O contrato da Concessão Brisa, que corresponde a 30% das estradas concessionadas, termina em 31 de dezembro de 2035”, refere a AMT.

 

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