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Moody’s sobre eleição de Boris Jonhson: “É improvável que a incerteza relacionada com o Brexit diminua”

Embora os analistas da Moody’s admitam que a vitória dos conservadores “signifique que provalvemente o Brexit ocorra rapidamente”, é igualmente salientado que “outros desafios” permaneçam, sobretudo os relacionados com “risco fiscal elevado e baixa produtividade, se não ocorrerrem “mudanças significativas nas políticas” do Reino Unido.
13 Dezembro 2019, 10h40

A agência de notação financeira Moody’s não acredita que a vitória eleitoral do Partido Conservador, liderado por Boris Johnson, no Reino Unido represente uma diminuição imediata da incerteza social e económica motivada pelo processo de saída do país da União Europeia (UE), vulgo Brexit.

“É improvável que a incerteza relacionada com Brexit diminua a curto-prazo, dado o período de transição relativamente curto com o qual o primeiro-ministro está atualmente comprometido”, lê-se numa nota da agência norte-americana emitida esta sexta-feira, 13 de dezembro.

Embora os analistas da Moody’s admitam que a vitória dos conservadores “signifique que provalvemente o Brexit ocorra rapidamente”, é igualmente salientado que “outros desafios” permaneçam, sobretudo os relacionados com “risco fiscal elevado e baixa produtividade, se não ocorrerrem “mudanças significativas nas políticas” do Reino Unido.

Cerca de 46 milhões de britânicos votaram na quinta-feira nas eleições legislativas antecipadas no Reino Unido, as terceiras em menos de cinco anos, convocadas pelo governo para tentar desbloquear o impasse criado no parlamento pelo processo de saída do país da UE. O resultado eleitoral determinou a continuidade de Boris Johnson, líder dos conservadores, como primeiro-ministro britânico.

O Partido Conservador garantiu maioria absoluta parlamentar. Pelas 8h00, com 648 dos 650 dos assentos atribuídos, o Partido Conservador garantia já 363, contra 203 do Partido Trabalhista (que perdeu 59), e 48 do Partido Nacionalista Escocês (SNP).

Com a vitória reconhecida, Boris Johnson prometeu já esta sexta-feira que o Brexit vai para a frente a 31 de janeiro, o prazo estabelecido pela UE. “Vou pôr fim a este absurdo e vamos consegui-lo até 31 de janeiro”, assegurou Johnson aos seus apoiantes,

“[O Brexit] é agora uma decisão irrefutável, indiscutível e irresistível do povo britânico”, que “põe fim à miserável ameaça de outro referendo”, declarou.

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