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Morte de Sílvio Berlusconi pode levar a mudanças na televisão europeia

As ações da MediaForEurope (MFE), cujo capital é controlado pela Fininvest, holding da família Berlusconi, com 48,6% registaram na segunda-feira a subida mais alta do último ano na Bolsa de Milão.
13 Junho 2023, 10h40

A morte de Silvio Berlusconi pode levar a uma fase de mudança no sector televisivo a nível europeu, pelo menos a avaliar pela forma como os mercados bolsistas reagiram ao falecimento do empresário, revela o jornal “Cinco Dias” esta terça-feira, 13 de junho.

As ações da MediaForEurope (MFE), cujo capital é controlado pela Fininvest, holding da família Berlusconi, com 48,6% registaram na segunda-feira a subida mais alta do último ano na Bolsa de Milão, tendo por vezes ficado acima dos 11%.

A empresa é proprietária em Espanha de canais como a Telecinco e Cuatro, tendo um capital superior a 1.660 milhões de euros.

Além da Fininvest também a Vivendi detém 4,4% diretamente e 18,5% por meio da Simon Fiduciaria da MediaForEurope. Uma das opções em cima da mesa passa pela fusão com outro grupo do sector.

Por sua vez, a alemã ProsiebenMedia, da qual a MFE é a principal acionista com 29% do capital, registou uma subida de 5,3%. Uma das opções em curso será uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) da MFE ao grupo alemão.

A Fininvest conta ativos avaliados em mais de 5 mil milhões de euros e poderá viver um período de dúvidas caso exista uma divisão amigável entre os cinco filhos de Berlusconi, de dois casamentos, ou então uma disputa pelo controlo da empresa.

O conselho de administração da Fininvest é liderado pela filha mais velha, Marina Berlusconi, e é formado pelos irmãos Barbara, Luigi e Pier Silvio, além de Danilo Pellegrino, atual CEO, Adriano Galliani, Salvatore Sciascia e Ernesto Mauri.

Além da MFE, a Fininvest detém ativos relevantes como 53% do capital da editora Mondadori, 30% da Banca Mediolanum e 40% do capital da empresa de infraestruturas de telecomunicações EI Towers.

No entanto, a empresa fez questão de realçar logo após a morte de Sílvio Berlusconi, que as suas atividades vão continuar a decorrer com normalidade.

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