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Moscovo convoca embaixadora de Itália após reportagem da RAI na região de Kursk

O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo convocou hoje a embaixadora italiana em Moscovo para protestar contra a presença ilegal de jornalistas da televisão pública italiana RAI em zonas controladas pelas tropas ucranianas na região fronteiriça russa de Kursk.
16 Agosto 2024, 20h28

A diplomacia russa queixou-se à embaixadora de Itália, Cecilia Piccioni, de que, após infringirem as leis russas e as normas elementares da ética jornalística, “os correspondentes italianos aproveitaram a estada em território russo para branquear, através de propaganda, os crimes do regime de Kiev”.

“Essas ações de cidadãos italianos são punidas pelo Código Penal da Rússia. Os organismos russos competentes estão a tomar medidas para determinar as circunstâncias do crime cometido pelos funcionários da RAI para avaliação jurídica e tomada das medidas adequadas”, concluiu o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Os correspondentes da RAI Stefania Battistini e Simone Traini realizaram uma reportagem para o principal programa de notícias da RAI, o Tg1, na cidade de Sudzha, na região de Kursk, depois de terem atravessado a fronteira russa na companhia de militares ucranianos.

Na reportagem, entrevistam civis russos que foram alegadamente abandonados à sua sorte pelas autoridades russas e que afirmam não estar a ser maltratados pelos militares ucranianos.

Um ângulo que contradiz o de Moscovo, que na quarta-feira divulgou, através do Comité de Investigação Russo (CIR), que os civis de Kursk estavam a relatar casos de “crueldade e tratamento desumano por parte dos militares ucranianos, contando como se viram obrigados a abandonar as suas casas à pressa, juntamente com os filhos, temendo pela vida”.

“No âmbito da investigação do processo penal sobre os crimes cometidos pelas formações armadas ucranianas na região de Kursk, os investigadores e criminalistas do CIR estão a trabalhar ativamente com a população local, recolhendo provas e depoimentos de testemunhas”, acrescentou a mesma entidade.

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