A bolsa de Lisboa está a negociar no vermelho no meio da sessão desta terça-feira, na medida em que o índice PSI recua 1,05%, até aos 6.345 pontos. Destaque para a queda da Mota-Engil, na ordem de 4,26%, até aos 6.345 euros por ação.
A cotada da construção lidera o sentimento negativo, depois de ter apresentado os resultados dos primeiros nove meses do ano, em que os lucros subiram 51%, para 77 milhões de euros.
Em terreno negativo segue-se o BCP, ao cair 1,79%, até aos 0,4396 euros, ao mesmo tempo que a EDP Renováveis, derrapa 1,72% e fica-se pelos 10,84 euros. A Jerónimo Martins está a contrair 1,58%, para 17,42 euros.
Nos ganhos, a liderança pertence aos CTT, cuja cotação de mercado não vai além de um acréscimo de 0,46%, que leva os títulos para os 4,38 euros.
Entre os mais importantes índices das bolsas europeias o sentimento é idêntico. Há recuos de 1,82% em Itália, 1,43% em Espanha, 1,16% no índice agregado Euro Stoxx 50, 1,12% em França e 0,95% na Alemanha. A descida menos acentuada é protagonizada pelo Reino Unido, em 0,37%.
Nos futuros de Brent há uma queda de 0,22%, até aos 73,14 dólares por barril, ao mesmo tempo que o crude contrai 0,32%, para 68,95 dólares. No mercado cambial, o euro recua 0,28% e um euro está a ser negociado por 1,0570 dólares.
“Esta terça-feira é marcada por uma inversão de sentimento nas bolsas, com os investidores a castigarem os principais índices de ações devido ao aumento das tensões entre a Rússia e a Ucrânia”, de acordo com a análise do departamento de Mercados Acionistas do Millenium Investment Banking.
“Isto porque Vladimir Putin avançou com a promessa de atualizar a doutrina nuclear para expandir as condições de uso das armas nucleares, dias depois dos EUA terem dado à Ucrânia permissão limitada para realizar ataques com mísseis de longo alcance em território russo e do exército ucraniano ter utilizado os mesmos para atacar o território vizinho”, salienta-se.
Assim sendo, “há um sentimento de queda generalizada, onde apenas o setor das utilities ia escapando e com um ganho ligeiro. Os setores mais cíclicos mostram-se condicionados por potenciais receios de impacto económico, que se refletem numa descida das yields de dívida soberana”, assinalam os analistas.
“Empresas do ramo da Defesa beneficiam do ambiente, com a Rheinmetall a liderar os ganhos no Stoxx 600 e atingir novo recorde”, lê-se ainda.
“Em solo luso o BCP até recebeu novo upgrade e viu a Moody’s elevar o rating de crédito, mas era condicionado pelo ambiente negativo no setor. A Mota-Engil era quem mais recuava, após ter mostrado contas”, acrescenta-se.
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