Mota-Engil ganha mais de 4% e Lisboa segue no ‘verde’
A bolsa de Lisboa está a avançar 0,55% para os 5.895,66 pontos a meio da sessão desta sexta-feira, 6 de outubro, em linha com as mais importantes praças europeias.
JB Capital considera positivo compra de ações pelo presidente da Mota-Engil
Entre as cotadas que mais ganham, destaque para a Mota-Engil, que dá um salto de 3,93%, até aos 2,91 euros por título, depois de o seu presidente, Carlos Mota dos Santos, ter adquirido 21 mil ações da empresa. Em simultâneo, o BCP adianta-se 2,84%, agora em 0,268 euros, ao passo que a Galp está a somar 1,20%, até aos 13,46 euros.
Em sentido contrário, a Ibersol tomba 1,76%, para os 6,70 euros e a Semapa resvala 1,49%, com os títulos a serem negociados em 13,20 euros. Segue-se a Greenvolt, ao escorregar 1,46%, até aos 5,045 euros.
Entre os principais índices europeus, Itália está a encaixar 1,17%, registando a variação mais positiva. O índice agregado Euro Stoxx 50 avança 0,96%, ao passo que a praça alemã sobe 0,92% e França ganha 0,80%. Por fim, Espanha adianta-se 0,66%.
“As principais praças europeias seguem em alta, com o índice alemão em destaque depois do país ter reportado que as encomendas às fábricas cresceram muito mais que o esperado em agosto (3,9% face ao estimado 1,5%), o que traz esperança aos investidores de que o sector industrial, crucial para a economia germânica, poderá estar a estabilizar. A ajudar aos ganhos estão também os preços do petróleo, que mantêm tendência descendente, com os maiores receios de abrandamento na procura da matéria-prima”, de acordo com a análise do departamento de mercados acionistas do Millenium Investment Banking.
“Na manhã de hoje, a grande generalidade dos setores segue em alta, mas os mais cíclicos são os mais animados, com a estabilização das yields a ajudar, e depois de uma nota do Citi, que referiu preferência por estes setores, defendendo que já atingimos o pico nas taxas de juro. Assim, no universo stoxx600, apenas o de Utilities, o de Alimentação e o de Consumo Pessoal seguem entre as perdas, devido ao seu caráter mais defensivo”, referem os mesmos analistas.
“Por cá, o PSI segue menos animado que os congéneres, penalizado pelo recuo de Ibersol e de Jerónimo Martins, que seguem os maus ventos dos respetivos setores. Ainda assim, Mota-Engil dispara mais de 4%, perante a uma nota de aquisição de ações por parte do presidente do conselho de direção, e o BCP sobe 2%, depois de ver a sua unidade polaca revista em alta”, escreve-se na mesma análise.
“Daqui a pouco, pelas 13h30m de Lisboa, os investidores estarão atentos aos dados de criação de emprego nos EUA, que poderão influenciar as yields de dívida soberana e ditar o sentimento nos mercados”, alerta-se.
