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Mota-Engil sobe 4% e Lisboa encerra no ‘verde’

A bolsa registou leves ganhos na primeira sessão da semana, com a forte alta da empresa de construção a ser contrariada por quedas no grupo EDP. Lá fora, a defesa beneficia do contexto geopolítico e coloca o índice de referência alemão em novos máximos.
3 Março 2025, 17h15

O índice PSI registou leves ganhos na sessão de segunda-feira, mas ficou aquém das subidas acentuadas que tiveram lugar em algumas praças europeias. No exterior, destaque para o setor da defesa, já que a Rheinmetall disparou na Alemanha.

A bolsa de Lisboa registou uma ascensão do índice de referência que não foi além de 0,17%, até aos 6.811 pontos, depois do máximo de 2025 alcançado na passada quarta-feira.

Pela positiva, destaque para valorizações de 3,95% na Mota-Engil, cujas ações alcançaram 3,108 euros. A Corticeira Amorim ganhou 1,46%, até aos 8,32 euros, ao passo que a REN avançou 1,43% para 2,48 euros.

Em sentido oposto, a EDP Renováveis contraiu 2,04% e os títulos ficaram-se pelos 8,41 euros, ao mesmo tempo que a EDP perde 1,61% e ficou-se pelos 3,06 euros.

Lá fora, sobressai o DAX, que funciona como referência em Frankfurt, que subiu 2,61% e renovou os máximos históricos. O índice foi acelerado por um salto 13,71% na Rheinmetall, empresa especializada no setor automóvel e de defesa.

A cotação da mesma beneficia de maior confiança dos investidores no que diz respeito a esta última vertente, reflexo das promessas recentes de vários líderes europeus sobre um maior investimento em armamento nos próximos anos. De resto, registaram-se variações semelhantes noutras cotadas do setor.

Seguiram-se incrementos de 1,09% em França, 1,07% em Itália, 0,76% no Reino Unido e 0,31% em Espanha, ao mesmo tempo que o índice agregado Euro Stoxx 50 somou 1,34%.

Os futuros de Brent estão a recuar 0,08% para 72,75 dólares por barril, ao mesmo tempo que o crude perde 0,27% e fica-se pelos 69,57 dólares por barril.

Na análise do departamento de Mercados Acionistas do Millenium Investment Banking escreve-se que as praças europeias “encerram em alta, impulsionadas pelas ações do setor de defesa, depois das maiores tensões no plano geopolítico entre os EUA e Ucrânia”.

Prova disto é que “ações como Leonardo, Thales, Dassault Aviation, BAE Systems e Rheinmetall dispararam mais de 13%” na sessão.

Em simultâneo, “o setor de recursos naturais esteve em bom plano, depois do bom dado de atividade industrial na China, que acelerou acima do esperado em fevereiro.  Na zona euro foi revelado que a inflação deverá ter abrandado menos do que o esperado no mês de fevereiro (2.4% contra a estimativa de 2.3%)”, salientam os analistas.

“À hora do fecho europeu, os índices norte-americanos recuavam ligeiramente, depois da revelação de que a atividade industrial abrandou mais do que o esperado o ritmo de expansão no mês de fevereiro, com as novas encomendas a entrarem inesperadamente em contração e os preços a acelerar mais do que o antecipado”, aponta-se ainda.

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