A corretora XTB considera que uma “mudança radical” no Governo, que fizesse com que o próximo elenco governativo não tivesse o PS ou o PSD, poderia levar o mercado acionista em Portugal a “período de incerteza”.
Numa análise relativamente às medidas que o próximo Governo possa tomar no sentido de determinarem uma alteração significativa nas negociações em bolsa, a XTB avança que “caso as eleições de 10 de março levassem a uma mudança radical face aos últimos períodos governativos, conduzindo a uma solução que nem contasse com PS nem com PSD, o mercado acionista poderia atravessar um período de incerteza”.
Fazendo o termo de comparação, a XTB equivale essa “incerteza” ao dia em que António Costa apresentou a sua demissão do cargo de primeiro-ministro, a 7 de novembro, período em que a bolsa portuguesa “sofreu um pico de volatilidade devido à incerteza futuro”.
Avança a corretora que “um Governo que implemente medidas de redução da carga fiscal às empresas e às famílias poderá provocar um efeito positivo no desempenho do PSI. Por outro lado, alerta a XTB, “a implementação de medidas que aumentem a carga fiscal poderá conduzir ao cenário composto”.
Já no que diz respeito à dívida pública, a XTB avança que a governação “parece não ter um efeito direto nos juros a pagar, mas sim o resultado das políticas na matéria de aumento ou redução da dívida pública e na capacidade de gerar receita por parte do Estado”.
“Se compararmos as yields entre Portugal e Alemanha nas obrigações a 10 anos, podemos constatar que a sua direção está altamente
correlacionada. Assim, podemos inferir que a direção é dada pelos mercados internacionais e a escala das direções depende dos resultados macroeconómicos nacionais, neste caso em específico com a capacidade de Portugal cumprir com as suas obrigações de crédito”, destaca a XTB.
Por fim, a corretora alerta que “caso houvesse uma alteração brusca de políticas onde o Estado reduzisse a sua dívida fortemente, isso poderia alterar esta trajetória, da mesma forma que, um cenário oposto em que um governo aumentasse brutalmente a dívida, poderia escalar os encargos com a dívida”.
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