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Multimilionários estão 1 bilião de dólares mais ricos e contrariam queda da economia global

Com uma previsão de contração do PIB de 4,4% em 2020 e as economias mundiais a afundar consideravelmente, os multimilionários viram as suas fortunas a crescer em vários mil milhões de euros.
Anton Petrus/Getty Images
15 Janeiro 2021, 14h32

Os multimilionários continuam a somar dólares às suas contas bancárias e às fortunas, tendo visto as suas fortunas crescer em mais de um bilião de dólares (824 mil milhões de euros) durante a pandemia, revela o “The Guardian”.

Atualmente o segundo homem mais rico do mundo, o CEO da Amazon Jeff Bezos viu a sua fortuna crescer em 70 mil milhões de dólares (57,7 mil milhões de euros) para um total de 185 mil milhões de dólares (152,5 mil milhões de euros). No entanto, durante toda a pandemia Bezos tem sido fortemente criticado por não melhorar as condições dos seus armazéns, colocando a saúde de milhares de trabalhadores em risco, sendo acusado de apenas pensar nas vendas.

A empresa de Bezos começou a pagar subsídio de risco em junho de 2020 após críticas ferozes. Com este subsídio, os trabalhadores da Amazon viram um aumento de 0,99 dólares (0,82 euros) à hora durante a altura pandémica, enquanto Jeff Bezos viu um acréscimo de 11,7 milhões de dólares (9,6 milhões de euros) horários.

O CEO da Tesla, Elon Musk, que ascendeu ao primeiro lugar na lista dos mais ricos, viu a sua fortuna crescer mais de 140 mil milhões de dólares (115,4 mil milhões de euros), para um total de 195 mil milhões de dólares (160,7 mil milhões de euros).

Ao desafiar as regras do confinamento, parte da equipa da fábrica da Tesla na Califórnia teve de entrar em isolamento devido a vários surtos. Também os salários dos empregados foram reduzidos entre 10% a 30% de abril a junho de 2020, mas um sinal positivo para Musk foi a entrada na Bolsa de Nova Iorque.

Apesar deste aumento, a pandemia da Covid-19 continue a afetar fortemente as economias mundiais, fazendo o Fundo Monetário Internacional duvidar de um período de recuperação no futuro próximo, revela a “Reuters”, afetando ainda mais os rendimentos das famílias.

Em outubro, o FMI previa uma contração do Produto Interno Bruto global na ordem dos 4,4% para 2020, seguindo-se uma recuperação de 5,2% no presente ano. De acordo com a economista chefe, Gita Gopinath, os estímulos económicos dos Estados Unidos e do Japão podem ajudar a estimular uma recuperação mais rápidas das suas economias até à segunda metade de 2021.

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