[weglot_switcher]

Multimilionários representam 52% dos rendimentos do mundo

Representatividade dos multimilionários, muitas vezes conhecidos apenas por 1%, subiu durante o ano de 2020 e os homens e mulheres mais ricos do mundo são agora 3%.
DR
7 Dezembro 2021, 17h07

A maior fatia dos rendimentos globais pertencem aos multimilionários. De facto, a fortuna dos homens e mulheres mais ricas do mundo cresceram significativamente durante a pandemia de Covid-19, segundo o novo relatório da Inequalidade Mundial citado pela “BBC”.

O relatório mostra que 52% do rendimento global do mundo pertence ao grupo de 10% dos homens e mulheres mais ricos, e que apenas 8% dos rendimentos globais pertencem à população mais pobre.

Outra descoberta é que os multimilionários não são agora o 1%, com a representatividade a ter crescido para 3%. Este valor veio a aumentar desde 1995 até 2020.

“Este aumento foi exacerbado durante a pandemia de Covid-19. De facto, 2020 marcou o aumento mais íngreme nas fortunas globais que existem em registo”, indica o relatório elaborado pelo economista Thomas Piketty, citado pela “BBC”.

“Enquanto a fortuna dos multimilionário aumentou para mais de 3,6 mil milhões de euros, 100 milhões de pessoas juntaram-se ao risco do limiar da pobreza”, apontou Lucas Chancel, co-diretor do Laboratório da Inequalidade Mundial.

Este aumento nas pessoas em risco de pobreza termina com o que se tem feito nos últimos anos. Ao longo dos últimos 25 anos, a pobreza extrema tinha vindo a decrescer.

Os dados do relatório, segundo a “BBC”, um adulto em início de carreira este ano pode ganhar uma média de 16.700 euros ao ano, cerca de 1.391 euros por mês, enquanto um adulto já com carreira pode ganhar 72.900 euros anuais, ou 6.075 euros mensais.

O relatório mostra que a Europa é a região com a maior igualdade em termos de distribuição da riqueza, com os mais ricos a receber 36% do rendimento. O Médio Oriente e o Norte de África são as regiões mais desiguais, onde os ricos recebem 58% dos rendimentos, acima da média mundial.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.