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Mustapha Adib: Explosão no porto de Beirute trouxe antigo embaixador para um cargo sem poder

A imensamente difícil, muitos dizem-na impossível, tarefa de fazer regressar o Líbano à normalidade social, política e económica foi confiada a um “outsider” que estava desde 2013 na Alemanha. Maior trunfo do novo primeiro-ministro também poderá ser a sua principal fraqueza.
6 Setembro 2020, 16h00

A expressão “he is in office but not in power”, que o corrosivo humor britânico engendrou para adjetivar políticos que, estando em lugares de poder, pouco poder têm, parece ter sido criada de propósito para Mustapha Adib Abdul Wahed, o novo primeiro-ministro libanês, que tomou conta do país na sequência da profunda crise após as aparatosas deflagrações que destruíram o porto de Beirute há precisamente um mês.

Mustapha Adib cumpre os requisitos mínimos – é um muçulmano sunita! –, mas parece tão distante da realidade política do Líbano quanto o será qualquer diplomata afastado do país há vários anos. Desse ponto de vista, cumpre outro requisito considerado indispensável: mesmo sendo sunita, está fora das guerras surdas que sunitas e xiitas travam desde há décadas. Mas se isso é uma qualidade que os tempos impõem, é também, segundo os analistas, a sua primeira (ou talvez segunda) fraqueza: nenhum dos grupos que dominam a política libanesa terá por ele qualquer sentimento de fidelidade que ultrapasse a mera circunstância do momento.

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