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Nações Unidas revelam que mais de um terço da população mundial nunca utilizou a internet

O número de utilizadores a nível global cresceu 10% no primeiro ano da pandmeia de Covid-19, o maior aumento anual numa década. A ITU citou medidas como os confinamentos, encerramento de escolas e a necessidade de aceder a serviços como banco remoto, entre os factores mais influentes.
30 Novembro 2021, 18h53

Ao todo são três mil milhões de pessoas, ou 37% da população mundial, que nunca utilizaram a internet, segundo a União Internacional de Telecomunicações (UIT) da Organização das Nações Unidas (ONU). Desta franja da população mundial, a UIT revela que 96% que nunca acederam à internet vivem em países em desenvolvimento, avança o “The Guardian”.

A agência sublinha que o número estimado de pessoas que se conectaram à Internet aumentou de 4,1 mil milhões em 2019 para 4,9 mil milhões neste ano, parcialmente devido a um “aumento de conectividade da Covid-19”.

Entre esses utilizadores da internet, muitas centenas de milhões estão online com pouca frequência, utilizam dispositivos partilhados ou dispõem de velocidades de conexão que dificultam o uso da internet.

“A ITU trabalhará para garantir que os blocos de construção estejam no lugar para conectar os 2,9 mil milhões restantes. Estamos determinados a garantir que ninguém seja deixado para trás”, disse o secretário-geral da UIT, Houlin Zhao.

O número de utilizadores a nível global cresceu 10% no primeiro ano da pandmeia de Covid-19, o maior aumento anual numa década. A ITU citou medidas como os confinamentos, encerramento de escolas e a necessidade de aceder a serviços como banco remoto, entre os factores mais influentes.

Mas o crescimento tem sido desigual. O acesso à internet costuma ser inacessível nos países mais pobres, quase três quartos das pessoas nunca estiveram online nos 46 países menos desenvolvidos.

Pessoas mais jovens, homens e moradores urbanos são mais propensos a utilizar a internet do que adultos mais velhos, mulheres e pessoas em áreas rurais, com a diferença de género mais pronunciada nas nações em desenvolvimento.

Pobreza, analfabetismo, acesso limitado à eletricidade e falta de habilidades digitais continuam a desafiar os “excluídos digitais”, acrescentou a UIT.

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