Jorge Nuno Pinto da Costa, ex-presidente do FC Porto, nega que a sua administração tenha deixado apenas oito mil euros aos seus sucessores, de acordo com comunicado a que os jornais desportivas tiveram acesso e que foi citado esta segunda-feira.
O antigo dirigente dos azuis e brancos justificou o comunicado com o facto de “se ter tornado por demais evidente o objetivo de denegrir o caráter, o trabalho e o legado de quem dedicou longos ao serviço do clube”. Assim, realça Pinto da Costa, “o silêncio deixa de ser uma opção”.
Num comunicado dividido por cinco pontos, o presidente que liderou os destinos do FC Porto durante mais de quatro décadas, começa por falar de contas para negar que a administração que presidiu tenha deixado apenas oito mil euros aos seus sucessores e que isso tenha deixado o clube “estrangulado e sem soluções para o futuro”.
“Nada de mais falso, como agora se tornou evidente. Investimos e valorizamos um plantel que permitiu à atual administração, apenas na primeira metade da época, um encaixe de 167 milhões de euros”, defende Pinto da Costa.
A SAD do FC Porto foi a que mais lucrou entre os “grandes” do futebol português no fecho das duas janelas de transferências: 168,4 milhões de euros. O saldo é positivo em 116,7 milhões de euros.
Este dirigente realça ainda a concretização de novas parcerias “nomeadamente com a Ithaka, envolvendo a atribuição de uma verba de 65 milhões de euros. Foram ainda as receitas futuras desta nova empresa criada pela parceria com a Ithaka quem serviu de garantia para o financiamento de 115 milhões de euros a longo prazo e que foi recentemente contratado”.
Regressando ao tema da venda de passes de futebolistas, Pinto da Costa dá ainda conta que a SAD do FC Porto irá ainda receber mais 20 milhões de euros da venda do passe de Otávio para o Al Nassr e realça ainda a qualificação dos portistas para o novo Mundial de Clubes “consequência da competitividade internacional dos anos anteriores e interessante oportunidade desportiva e financeira”. O ex-dirigente sublinha ainda que foi deixado “um estádio e um pavilhão integralmente pagos, bem como um centro de treinos e formação e um museu de última geração”.
A propósito da auditoria forense, Jorge Nuno Pinto da Costa considera que “as conclusões foram ao encontro do que quem as encomendou pretendia” e que foram lançadas uma série de “informações descontextualizadas”.
“Omite-se que as contas foram sempre auditadas pelas maiores empresas internacionais do setor, inclusive pela agora autora da auditoria forense, sem nunca algo ter sido assinalado de irregular. Ignorou-se que o recurso às despesas de representação aprovadas pela Comissão de Vencimentos não são de agora. Sempre existiram na SAD sendo uma prática aceite no universo empresarial e sem que alguma vez tenham sido postas em causa pelos auditores o que, a ter acontecido, seria motivo para imediatamente se corrigirem procedimentos”, explicou.
No que diz respeito às comissões, Pinto da Costa fala da importância das mesmas no sucesso dos negócios e no que diz respeito à bilhética “não se pode imputar diretamente à anterior administração qualquer atuação à margem da lei”.
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