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EUA: “Não estamos contentes com a posição do Reino Unido sobre o 5G”

“São um aliado muito próximo, tal como Portugal, portanto precisamos de trabalhar como parceiros e fazê-los entender a nossa posição nisto”, disse Robert Strayer, vice-secretário Adjunto do Departamento de Estado para a Comunicação Cibernética e Internacional e para a Política de Tecnologia de Informação dos Estados Unidos.
  • David Becker/Getty Images
19 Fevereiro 2020, 07h55

A decisão do governo do Reino Unido, anunciada no final do mês passado, de incluir equipamento da chinesa Huawei na construção da rede de telecomunicações 5G pode expôr um terço da população britânica a um potencial shutdown da infraestrutura crítica, segundo um responsável da administração de Donald Trump.

“Não estamos contentes com a posição do Reino Unido nesta altura”, afirmou Robert Strayer, vice-secretário Adjunto do Departamento de Estado para a Comunicação Cibernética e Internacional e para a Política de Tecnologia de Informação dos Estados Unidos, durante um briefing com jornalistas em Lisboa.

“O Reino Unido anunciou uma decisão inicial que ainda tem de ser aprovada na lei, através do Parlamento e de outros passo”, adiantou. “São um aliado muito próximo, tal como Portugal, portanto precisamos de trabalhar como parceiros e fazê-los entender a nossa posição nisto”.

O governo de Donald Trump tem tomado medidas para bloquear a atividade da empresa chinesa  nos Estados Unidos e está a tentar convencer os países parceiros como o Reino Unido e Portugal a optar pelo equipamento de empresas como a Samsung, a Nokia ou a Ericsson, pois vê a Huawei como um braço que Pequim usa para obter dados cruciais do Ocidente.

“As nossas economias à volta do mundo são tão interligadas que se a China decidisse mandar fecher um porto ou a energia isso iria ter consequências significativas para nós em termos económico tanto como em termos de segurança”, explicou Strayer.

“Como aliados próximos na NATO com o Reino Unido e Portugal, não podemos dar à China o acesso a atividades que estamos a fazer para mobilizar tropas ou outras atividades que fazemos de forma conjunta e confidencial”, sublinhou. “Não são todas redes top secret, estamos a falar de atividades do dia-a-dia que poderiam potencialmente dar à China informação sobre o que estamos a fazer”.

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