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“Não faz sentido que o confinamento seja mais light agora do que foi em março”, diz CDS-PP

O líder parlamentar do CDS-PP, Telmo Correia, pede “coragem política” ao Governo para ir mais longe nas medidas restritivas e acusa o Executivo socialista de estar a seguir um “princípio de experimentação” em vez do “princípio de precaução”.
  • António Cotrim/LUSA
19 Janeiro 2021, 16h48

O CDS-PP afirmou esta terça-feira que “não faz sentido” que este novo confinamento geral “seja mais light [leve] agora do que foi em março” do ano passado. O líder parlamentar do CDS-PP, Telmo Correia, pede “coragem política” ao Governo para ir mais longe nas medidas restritivas e acusa o Executivo socialista de estar a seguir um “princípio de experimentação” em vez do “princípio de precaução”.

“Não faz sentido que o confinamento seja mais light agora do que foi em março. Não parece fazer nenhum sentido. Isto cria a ideia de que, em vez de estarmos a seguir um princípio de precaução, estamos a seguir um princípio de experimentação, para ver se resulta ou não resulta. Assim, corremos sempre atrás do prejuízo”, disse, no debate sobre política geral, com o primeiro-ministro, António Costa, na Assembleia da República.

Uma das medidas contestadas pelo CDS-PP é a de decisão do Governo de manter as escolas abertas, pois isso obriga a que os alunos e, em alguns casos, também os pais não cumpram o devido confinamento para ir levar as crianças e jovens às escolas. “Como é que quer ter um confinamento eficaz e rigoroso, quando tem cerca de dois a três milhões de pessoas a circular todos os dias”, atirou a António Costa.

“Para não sacrificarmos um mês que seja, no máximo, de aulas, devemos estar a sacrificar vidas noutras gerações. Não faz sentido”, disse. E deixou uma sugestão ao Governo: “Porque é que não prolonga o ano escolar, e compensa esse mês depois quando a situação estiver mais controlada e a vacinação mais avançada?”. “É coragem política para determinar um confinamento sério”, acrescentou.

Em resposta a Telmo Correia, o primeiro-ministro disse que “o mais fácil para um decisor político era encerrar as escolas”, mas “o custo desse encerramento não é imediato, ao contrário do encerramento dos cafés ou restaurantes”. “O custo de um encerramento agora vai ser pago daqui a 10 ou 20 anos. O que responsável é manter as escolas abertas e, por isso, que vamos fazer tudo para manter as escolas abertas”, sublinhou.

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